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Tenda (TEND3): Credores dão aval para empresa elevar nível de endividamento

04 jul 2022, 20:25 - atualizado em 04 jul 2022, 20:25
Tenda
Ao longo dos últimos anos, a Tenda captou cerca de R$ 1 bilhão por meio de emissões de cinco séries de debêntures (Imagem: YouTube/Construtora Tenda)

Credores de títulos de dívidas deram aval para permitir que a Tenda (TEND3) possa manter um nível de endividamento bem mais alto do que o acertado quando pegou o dinheiro emprestado, mostra documento enviado ao mercado.

“Os novos termos e condições das dívidas de mercado consistem na flexibilização de determinadas obrigações da companhia estabelecidas nos respectivos instrumentos e, adicionalmente, a outorga de garantias adicionais pela companhia aos titulares das dívidas de mercado”, informou.

Em entrevista para Estadão/Broadcast, o diretor financeiro e de relações com investidores, Marcos Pinheiro Filho, já previa que o acordo seria aprovado.

“Eles entenderam que a situação de endividamento mais alto é temporária”, afirmou à época.

Ao longo dos últimos anos, a Tenda captou cerca de R$ 1 bilhão por meio de emissões de cinco séries de debêntures e um certificado de recebíveis imobiliários (CRIs).

Nos termos do financiamento, a construtora se comprometia a manter uma alavancagem de até 15%, considerando a relação entre dívida corporativa (sem contar financiamento à produção) e o patrimônio líquido. Mas no balanço do primeiro trimestre, ela bateu em 33%, mais que o dobro do limite.

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Proposta aprovada

A Tenda propôs aos credores a licença para que a sua alavancagem de 33% possa subir para até 80% em 2022, atingindo o pico de 85% no primeiro semestre de 2023.

A partir daí, prevê redução para 80% e 75% no terceiro e quarto trimestres de 2023, respectivamente, recuando para até 50% na primeira metade de 2024 e até 30% no fim do mesmo ano.

Em troca, a construtora se dispõe a pagar um prêmio de 1,75% ao ano. Com isso, a remuneração dos credores, que estava na faixa de CDI + 2,5% ao ano, subirá para o patamar de CDI + 3,75% ao ano, aproximadamente.

Esses títulos vinham sendo negociados no mercado secundário a cerca de CDI + 8% a 9% ao ano, refletindo uma percepção de risco maior de investidores em relação à empresa.

Com Agência Estado

Veja o documento: