Temporada de resultados nos EUA será “hora da verdade” para ações, diz Morgan Stanley
Para Michael Wilson, estrategista-chefe de ações do Morgan Stanley nos EUA, investidores institucionais agora operam em modo FOMO (Fear of Missing Out), no qual todos esperam realizar movimentos somente quando o mercado tiver definido, ou seja, observando o que os outros investidores institucionais realizam.
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A medida que os mercados financeiros estão mais resilientes diante de dados econômicos mistos e resultados corporativos, os investidores institucionais permanecem cautelosos e aguardam posicionamento de outros investidores para realizarem suas alocações.
Diante da maior cautela, a temporada de resultados corporativos nos EUA será “a hora da verdade” para as ações, conforme Wilson. “Apontamos três excessos, em particular, que atualmente prejudicam as margens: custos de mão-de-obra, estoques inchados e gastos com investimentos acima da tendência histórica”.
Para o estrategista-chefe do Morgan Stanley, com mais de 100% do rali nas ações advindo da expansão de múltiplos e, diante da expectativa de que os resultados do primeiros três meses de 2019 serão os mais fracos em três anos, as ações enfrentarão teste significativo nos próximos meses.
Vendas crescem, lucros não
Ao contrário do consenso do mercado, Wilson acredita que este trimestre será marcado por recuo dos lucros corporativos, com expectativa de manutenção dos mesmos por dois ou mais trimestres ao longo do ano.
A despeito da expectativa de menores lucros, o crescimento das vendas permanece sólido, e espera atingir variação positiva de 4,8% para empresas do S&P 500. Espera-se que apenas dois setores apresentarão variações negativas nas vendas: tecnologia e energia.
Por último, em relação ao restante do ano, o Morgan Stanley lança um alerta: “a relação de companhias publicando guidances negativos em relação àquelas que divulgam guidances postivos é a maior desde o primeiro trimestre de 2016, na relação de 3,3 vezes”.