Resumo: O Ibovespa (IBOV) inicia a semana com o Relatório Focus. Os economistas ouvidos pelo Banco Central voltaram a reduzir as projeções para a inflação de 4,83% para 4,81% em 2025.
Por outro lado, o IGP-M, índice usado como referência em contratos de aluguel, subiu 0,42% em setembro após uma alta de 0,36% em agosto. O resultado ficou acima das expectativas.
Novas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os dados do Caged também estão no radar.
Nos Estados Unidos (EUA), os investidores acompanham mais um discurso de John Williams, membro do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto), de olho na política monetária norte-americana.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (29), no evento Itaú BBA Macro Vision, que espera que Brasil e Estados Unidos (EUA) iniciem um “debate racional” em algum momento.
Segundo ele, o bom senso deve prevalecer e o Brasil precisa apostar nisso, “sem bravatas”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o governo não está fazendo ajuste fiscal vendendo patrimônio, acrescentando que continuará a perseguir as metas fiscais estabelecidas, tanto para 2025 quanto para 2026.
“A meta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias)… está sendo perseguida com todo o esforço”, afirmou Haddad sobre o objetivo de 2025. “Para 2026 vai ser igual”, acrescentou, durante a Conferência Itaú Macro Vision, em São Paulo.
A rede global de pagamentos transfronteiriços conhecida como Swift anunciou que irá incorporar um sistema compartilhado baseado em blockchain (ledger, no termo técnico) à sua infraestrutura.
O foco da iniciativa em um primeiro momento será um caso de uso para pagamentos transfronteiriços 24 horas por dia, 7 dias por semana, em tempo real. Vale dizer que, atualmente, o sistema recebe críticas por demorar até três dias úteis para fazer uma transação.
O Ibovespa futuro (WINV25) avança 1,3% na abertura do pregão desta segunda-feira (29), acima dos 148 mil pontos, após encerrar a última semana próximo da estabilidade.
Segundo análise técnica do BTG Pactual divulgada hoje, o ativo segue abaixo das médias de 21 e 50 períodos no gráfico de 60 minutos, e uma correção até a média de 200, em 145.100 pontos, não desconfiguraria a tendência de alta no curto prazo.
As ações da Braskem (BRKM5) lideram as perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (29) após uma tentativa de recuperação nos primeiros minutos do pregão. Às 10h42, BRKM5 caía 4,84%, a R$ 6,68.
Os papéis são pressionados pelo rebaixamento da S&P Global Ratings. A agência cortou a nota de crédito de “B+” para “CCC-“.
Na avaliação do BTG Pactual, a companhia segue em posição difícil, com spreads petroquímicos sem demonstrar sinais de recuperação e queda contínua no valor das ações devido às despesas financeiras crescentes.
Os analistas do banco ainda afirmam que a decisão da empresa de contratar consultores financeiros e jurídicos, anunciada na última sexta-feira (26), adiciona mais preocupação, já que sugere uma conversão da dívida em ações.
O conselho de administração da ISA Energia (ISAE4) aprovou o pagamento de R$ 444,7 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP), correspondente a R$ 0,674997 por ação, mostra comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (29).
O pagamento do provento ocorrerá em três parcelas, cada uma com uma data base, o que proporciona três possíveis datas para fazer jus ao JCP, em outubro, novembro e dezembro deste ano (veja a tabela com os dias específicos mais abaixo).
Os contratos futuros do petróleo operam em queda nesta segunda-feira (29) com expectativas sobre a oferta do óleo.
Segundo fontes à Bloomberg, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deve aumentar novamente a produção em novembro, dando continuidade à estratégia do grupo em voltar aos níveis de produção mundial.
Por volta de 9h50 (horário de Brasília), o contrato mais líquidos do Brent, com vencimento em dezembro, caía 1,62%, a US$ 68,09 o barril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
No mesmo horário, o contrato do WTI, referência para os Estados Unidos com vencimento em novembro, tinha queda de 1,86%, a US$ 64,51 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA.
A Motiva (MOTV3) o Governo do Estado de São Paulo realizarão investimento de cerca de R$ 3,9 bilhões na expansão da Linha 4-Amarela do Metrô, mostra fato relevante enviado ao mercado nesta segunda-feira (29). O Estado entrará com um aporte de R$ 2,98 bilhões, sendo que o financiamento está em negociação com o Banco Mundial.
O investimento contempla uma expansão de cerca de 3,3 quilômetros, com a adição de duas novas estações à linha: Chácara do Jockey e Taboão da Serra. Estão inclusos ainda seis novos trens e uma subestação de energia.
As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) operam em leve queda no curto prazo ante o ajuste anterior em meio a redução das expectativas para inflação. Os economistas ouvidos pelo Banco Central passaram a projetar a inflação em 4,81% no final de 2025, de 4,83%.
Por volta de 9h30 (horário de Brasília), a taxa de DI para janeiro de 2027 operava a 14% ante ajuste anterior de 14,02%. Já a taxa de DI para janeiro de 2032 estava estável a 13,52%.
A Cemig (CMIG4) é uma das recomendações de compra em day trade da Ágora Investimentos para esta segunda-feira (29).
As ações da companhia fecharam a última sessão (26) cotadas a R$ 11,26. Com alvo em R$ 11,46, o potencial de ganho é de 1,51%.
Produtos de investimento em criptomoedas e ativos digitais, como fundos e ETFs, registraram saídas de US$ 812,00 milhões na semana passada, quebrando uma sequência de duas semanas seguidas de fortes ingressos, de acordo com o levantamento semanal da CoinShares.
Mesmo assim, as entradas acumuladas no ano permanecem no campo positivo, em US$ 39,60 bilhões, mantendo o ritmo para potencialmente igualar o recorde de US$ 48,60 bilhões do ano passado.
Pelo menos nove fundos imobiliários realizam pagamentos de rendimentos nesta semana, com valores que chegam até R$ 46 por cota, segundo dados da plataforma Funds Explorer.
A maioria desses FIIs teve como “data-com” 23 de setembro — ou seja, os cotistas que mantiveram posição até esse dia terão direito de receber os proventos anunciados.
O estoque total de crédito no Brasil subiu 0,5% em agosto sobre o mês anterior, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira.
No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres ficou em 5,4% e o spread bancário no mesmo segmento foi de 32,3 pontos percentuais.
*Com informações da Reuters
O bitcoin (BTC) é negociado na casa dos US$ 112 mil na manhã desta segunda-feira (29), com uma alta de pouco mais de 2%. O mercado global de criptomoedas opera majoritariamente em alta após as perdas recentes da última semana.
Já no mercado tradicional, os mercados asiáticos encerraram o pregão sem direção única, enquanto as bolsas europeias e os futuros de Wall Street operam em alta na manhã de hoje.
As companhias listadas no Ibovespa, como Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4), com “data com” programada para pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio nesta semana, e a resposta da Petrobras (PETR4) sobre licenciamento de bloco na Margem Equatorial são alguns dos destaques corporativos desta segunda-feira (29).
Cinco companhias listadas no Ibovespa têm “data com” programada para pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) nesta semana.
Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) voltaram a reduzir as projeções para a inflação de 2025 e 2026, mostra o Boletim Focus desta segunda-feira (29). As expectativas caíram de 4,83% para 4,81% e de 4,29% para 4,28%, respectivamente.
O ajuste acontece após a prévia da inflação de setembro surpreender na semana passada. O dado subiu 0,48% no mês e foi a 5,32% em 12 meses — o mercado esperava altas de 0,51% e 5,35%.
Inflação
PIB
Selic
Dólar
A confiança do setor de serviços do Brasil interrompeu uma sequência de três meses de queda e subiu em setembro, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas nesta segunda-feira.
O Índice de Confiança de Serviços registrou alta de 1,9 ponto em setembro, para 89,0 pontos, mostraram os dados da FGV, alicerçado pela elevação tanto nos indicadores sobre situação atual quanto no que trata de expectativas.
“Apesar da alta, o índice de confiança de serviços não altera a tendência de desaceleração observada ao longo do terceiro trimestre. Neste mês, notam-se alguns resultados positivos dentre os setores, sobretudo nos serviços prestados às famílias e de telecomunicações”, disse Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
“A melhora na percepção da situação atual compensa parte da queda dos últimos meses. Em relação ao futuro, a evolução pontual dos indicadores tem uma característica de compensação pelas quedas observadas em um passado recente. Esse resultado sugere que os empresários permanecem com um olhar mais pessimista para o fim do ano, seguindo em linha com a política monetária contracionista.”
O Índice de Situação Atual do setor de serviços registrou alta de 2,7 pontos, para 93,9 pontos, maior nível desde maio deste ano, quando o indicador alcançou 94,2 pontos.
Já o Índice de Expectativas subiu 1,1 ponto, para 84,2 pontos. Ambos indicadores voltaram a registrar altas após três meses seguidos de recuos, mostraram os dados da FGV.
“Apesar de alguma melhora nos indicadores sobre o presente, as expectativas dos empresários apontam para pessimismo do setor nos próximos meses. Eles ainda esperam desaceleração da atividade no futuro”, disse Pacini.
Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 15% ao ano e, na ata sobre a reunião em que a decisão foi tomada, afirmou que após avaliar os efeitos acumulados do choque de juros, entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê taxa Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.
*Com informações da Reuters
O fundo imobiliário TRXF11, gerido pela TRX Investimentos, anunciou a sua 12ª emissão de cotas, com o objetivo de captar ao menos R$ 2 bilhões.
Segundo fato relevante divulgado ao mercado, cada cota será emitida ao preço de R$ 100,20, acrescido de taxa de distribuição primária de R$ 0,13, totalizando, assim, R$ 100,33.
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 0,42% em setembro, de 0,36% no mês anterior, em resultado que ficou acima do esperado, mostraram dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira
A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,35%, e com o resultado do mês o índice passou a acumular em 12 meses alta de 2,82%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve alta de 0,49% em setembro, depois de subido 0,43% no mês anterior.
“A queda entre os bens finais foi menos intensa, o que favoreceu a aceleração do IPA”, disse André Braz, economista do FGV IBRE, uma vez que a queda nos custos dos Bens Finais passou a 0,02 no mês, de uma deflação de 0,55% no mês anterior.
Já o avanço das Matérias-primas Brutas desacelerou a 1,47%, de 1,56% antes.
“Esse movimento, de matérias-primas subindo menos, pode reduzir a pressão por repasses ao longo da cadeia produtiva”, completou.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, avançou 0,25% em setembro, de uma queda de 0,07% em agosto.
Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, quatro apresentaram avanços nas suas taxas de variação: Habitação (-0,19% para 1,14%), Educação, Leitura e Recreação (-0,78% para 0,38%), Transportes (-0,22% para 0,16%) e Alimentação (-0,42% para -0,29%).
“No IPC, o término do bônus de Itaipu elevou o preço da energia elétrica, que se tornou a principal influência sobre o índice que mede a variação do custo de vida”, disse Braz, referindo-se ao valor distribuído aos consumidores todo ano após apuração do saldo registrado na conta de comercialização da energia da usina hidrelétrica binacional no ano anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir no período 0,21%, de uma alta de 0,70% em agosto.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
*Com informações da Reuters
A Ágora Investimentos manteve a mesma composição em sua carteira recomendada de ações para o mês de outubro.
O portfólio permanece composto por BTG Pactual (BPAC11), Copel (CPLE6), Direcional (DIRR3), Itaú (ITUB4), Multiplan (MULT3), Petrobras (PETR4), Sabesp (SBSP3), Vale (VALE3), Vibra Energia (VBBR3) e WEG (WEGE3).
A semana será marcada pelos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Entre quarta (1) e sexta-feira (3), serão divulgados o relatório ADP, o Jolts e o payroll.
Os dados ganham ainda mais relevância depois de o Federal Reserve cortar os juros do país em sua reunião de setembro, reduzindo a taxa para o intervalo de 4% a 4,25% ao ano.
As ações da China e de Hong Kong subiram nesta segunda-feira, com os investidores comprando papéis de montadoras de automóveis, empresas de energia solar e produtores de metais, diante de sinais de que a repressão de Pequim às guerras de preços está começando a dar frutos.
A confiança também foi impulsionada pela promessa do banco central de aumentar o apoio para ajudar o crescimento.
No fechamento, o índice de Xangai teve alta de 0,9%, enquanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,54%, para uma máxima de três anos e meio. O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,89%.
Os lucros industriais da China aumentaram 20,4% em agosto em relação ao ano anterior, revertendo um declínio anual de 1,5% em julho, segundo dados divulgados no sábado.
“O aumento dos lucros industriais em agosto deve-se principalmente ao efeito base, mas estão surgindo sinais de sucesso inicial da campanha ‘anti-involução'”, disse Hong Hao, diretor de investimentos da Lotus Asset Management, referindo-se à repressão do governo à superprodução.
“É provável que a recuperação dos lucros continue nos próximos meses, o que é um bom presságio para novos ganhos no mercado.”
*Com informações da Reuters
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