Economia

Tempo real: Copom eleva Selic em 1 p.p. e ‘deixa porta aberta’ para decisões a partir de maio; veja a análise do economista do BV

29 jan 2025, 17:50 - atualizado em 29 jan 2025, 19:36

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) na reunião desta quarta-feira (29), em decisão unânime. A taxa básica de juros saiu de 12,25% para 13,25% ao ano — o maior patamar desde setembro de 2023.

Na reunião passada, o Copom também elevou a taxa em 1 p.p., a 12,25%, e, inclusive, antecipou mais duas altas da mesma magnitude em cada uma das duas primeiras reuniões de 2025.

Hoje, os diretores confirmaram a nova alta para março, mas deixaram o cenário para as reuniões a partir de maio em aberto.

Para 2025, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) esperam que os juros fechem o ano no patamar de 15%, segundo o último Boletim Focus.

Selic a 13,25%: Como o Ibovespa, os juros futuros e o dólar devem reagir ao Copom

Na primeira reunião de Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central, o Comitê de Política Monetária (Copom) não trouxe surpresas e elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, para 13,75% ao ano. A decisão foi unânime.

Também, como o sinalizado na reunião anterior, o colegiado já deixou contratada uma nova alta de 1 ponto percentual na próxima reunião — levando a Selic para 14,25% em março.

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Analistas projetam ajustes no trecho curto da curva de juros na quinta-feira pós-Copom

O comunicado e a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vieram de modo geral dentro do previsto, segundo profissionais ouvidos pela Reuters, mas é de se esperar ajustes de taxas na curva de juros brasileira na quinta-feira, em especial nos vértices com prazos mais curtos.

Para alguns analistas as taxas curtas tendem a cair no dia seguinte ao Copom, mas outros veem motivos para altas.

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‘Ainda há trabalho a ser feito, mas não faz sentido o BC já se comprometer com novas altas’, diz economista do BV

O Banco Central (BC) ainda tem muito trabalho a ser feito para controlar a inflação, mas não faz sentido ele se comprometer com novas altas na taxa de juros neste momento, disse o economista Carlos Lopes, do Banco BV, no programa do Money Times, Giro do Mercado.

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XP: Comunicado continuou cauteloso, mas dentro do esperado

Para os economistas da XP, Caio Megale, Rodolfo Margato e Alexandre Maluf, o comunicado do Copom veio dentro do esperado, mas ainda cauteloso.

Para eles, a decisão de hoje, assim como os indicadores econômicos recentes, são compatíveis com o cenário da XP, de que a taxa Selic terminal atingirá 15,50% em junho, após aumentos de 1,00 – 0,75 – 0,50 p.p. nas próximas três reuniões do Copom.

“Caso a desaceleração econômica se intensifique, o Comitê poderá optar por interromper o ciclo de aperto monetário um pouco antes do nosso cenário”, escreveram os economistas em nota.

Entrepay: Alta da Selic impõe desafios significativos ao setor produtivo e ao consumo interno

Márcio Saito, CFO da Entrepay, avalia que a alta da Selic já era esperada. “Esse movimento faz parte de esforços para combater a inflação persistente, mas acaba por impor desafios significativos ao setor produtivo e ao consumo interno”, disse.

Segundo ele, o impacto dos juros é relevante para os meios de pagamento. “Com o crédito mais caro, soluções que priorizam eficiência e custo reduzido ganham destaque. O PIX, consolidado como uma ferramenta estratégica, deve continuar sua expansão, especialmente por facilitar transações de forma prática e sem custos significativos.”

SulAmérica Investimentos: Comunicado do Copom foi dovish a mercado e não deve ajudar a conter a desancoragem das expectativas

Para Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, o comunicado da decisão do Copom foi “dovish”. “O comunicado de hoje não deve ajudar a conter a desancoragem das expectativas em curso”, disse.

“O BC já incluiu atividade como risco baixista, colocou tarifas como risco baixista, veio com uma projeção de inflação na parte mais baixa das expectativas de mercado, retirou o plural da sinalização sem dar a entender que alta é o movimento mais provável em maio. A sensação que fica é que a autoridade monetária já está pensando nas defasagens de política monetária”, afirma Victal.

A SulAmérica mantém a projeção de Selic a 15%, no pico desse ciclo.

RB Investimentos: A estratégia adotada pelo Banco Central, de manter a comunicação aberta, parece acertada

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a decisão do Banco Central de não dar um guidance “parece acertada para adotar um tom mais hawkish sem precisar cravar os próximos passos”.

“A principal incerteza estava no que o Banco Central indicaria para os meses seguintes, e a decisão foi manter o discurso mais aberto, destacando que o tamanho total do ciclo ainda não está definido e será guiado pelo compromisso de convergência da inflação à meta”, diz Cruz.

Na visão dele, o que a equipe econômica fará daqui para frente “será crucial”. “Caso apresentem medidas concretas, isso pode aliviar a necessidade de o Copom subir os juros a níveis ainda mais altos.”

Gleisi Hoffmann: Novo aumento da Selic é péssimo para o país e que “não restou muita alternativa” para Galípolo

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou que a alta da Selic, para 13,25% ao ano, “é péssimo para o país e não encontra qualquer explicação nos fundamentos da economia real”.

“Vai tornar mais cara a conta da dívida pública, sufocar as famílias endividadas, restringir o acesso ao crédito e o crescimento da atividade econômica. Nem mesmo os agentes do mercado acreditam na apregoada eficácia antiinflacionária da política contracionista que foi imposta ao país”, escreveu Hoffmann na rede social X, antigo Twitter.

“Neste momento sabemos que não resta muita alternativa ao novo presidente do BC, Gabriel Galípolo. Restam desafios para reposicionar as expectativas do mercado e a orientação da instituição que dirige”, acrescentou.

Inter: Política monetária perdeu potência e queda da inflação depende mais do controle dos gastos

Em meio à forte expansão fiscal dos últimos dois anos, a política monetária perdeu potência e a queda da inflação hoje depende muito mais do controle dos gastos públicos e o consequente desaquecimento da demanda, diz Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter.

Apesar do choque de juros significativo em curso, a inflação deve seguir acelerando nesse começo de 2025. “Esperamos um pico de 5,6% para o IPCA em agosto, fechando o ano em 5,1%”.

A expectativa do Inter é de que a Selic chegue a 15% no final do ciclo, um juro real próximo de 10% e ainda assim sem expectativa de convergência rápida da inflação para a meta.

“De fato, mesmo a recente revisão de alta de juros pelo mercado não foi suficiente para ancorar as expectativas, que seguem em alta desde dezembro”.

Abrainc: Aumento da Selic agrava custos e inibe investimentos

Para a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a decisão do Copom de levar a Selic para 13,25% ao ano “agrava os desafios econômicos, encarece o crédito, desestimula investimentos e pressiona o orçamento de empresas e famílias”.

“Além de restringir o crescimento do país, os juros elevados tornam a dívida pública ainda mais onerosa – cada ponto percentual de alta na Selic adiciona cerca de R$ 48 bilhões ao seu custo anual”, diz em nota.

A Abrainc ainda acrescentou que o impacto sobre as empresas também é enorme, o que pode resultar em demissões e aumento do desemprego.

GCB Investimentos: O tom mais “duro” adotado é necessário neste momento com m que a política fiscal mais “frouxa” tem limitado a eficácia da política monetária

Para o estrategista-chefe da GCB Investimentos, Lucas Constantino, o tom mais ‘duro’ adotado no comunicado da decisão do Copom é “necessário” neste momento em que a política fiscal “mais frouxa” tem limitado a eficácia da política monetária.

“O aumento das incertezas domésticas nos últimos meses, refletido na recente piora do balanço de riscos e preocupações com a inflação brasileira, levou o Banco Central a seguir o que havia sinalizado na reunião anterior do Copom”, disse o estrategista-chefe.

Ele ainda afirma que espera uma postura cautelosa do Banco Central, com as próximas decisões conforme a evolução do panorama, dos indicadores e das expectativas do mercado.  “Caso o cenário adverso persista, podemos ver a taxa Selic acima de 15,0% a.a. ainda neste primeiro semestre.

Oryx Capital: Copom deve enfrentar pressão para conter novos aumentos na Selic

O Copom deve enfrentar pressão para conter novos aumentos na Selic, que impactam negativamente o desempenho da economia, avalia Luiz Arthur Fioreze, economista da Oryx Capital.

Isso porque os juros são utilizados como taxa de desconto dos ativos — ou seja, quanto maior a taxa de juros, menores os preços dos ativos, como ações, títulos públicos prefixados e imóveis.

Além disso, a Selic mais alta reduz a atividade econômica, o que deve ser um dos principais pontos de incômodo para o governo federal, que já enfrenta dificuldades de comunicação em relação a medidas como o Pix e pode buscar uma espécie de revanche por meio de um PIB mais forte.

Ao elevar os juros para 13,25% ao ano, o Copom reforçou sua preocupação com a inflação persistente e as expectativas desancoradas para 2025 e 2026.

A decisão também buscou reafirmar a credibilidade do Banco Central  neste início de mandato do novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, que ainda precisa demonstrar ao mercado sua autonomia em relação ao governo.

WMS Capital: Roberto Campos Neto fez ‘bem’ o dever de casa

Para Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, a decisão do Copom veio em linha com esperado, visto que a alta de 1 ponto percentual já estava contratada.

“Na verdade podemos considerar que a alta de juros em dezembro foi de 3%, parcelada em três vezes: dezembro, janeiro e março, ou seja, Roberto Campos Neto fez bem o dever de casa, visto que o cenário se deteriorou muito no último trimestre”, diz Moreira.

Na avaliação dele, a Selic deve atingir 15,50% ainda nesta ano, com a permanência das expectativas de inflação ainda desancorada, para  “efetivamente começar a ter impacto na atividade econômica, no mercado de trabalho e, consequentemente, na inflação”.

“O único fator capaz de mudar esse cenário seria realizar ajustes estruturais que possibilitassem o reequilíbrio das contas públicas para frear o crescimento do déficit”, acrescenta.

The Hill Capital: Copom acertou em deixar a porta aberta para novos ajustes na Selic

O Copom acertou em deixar a porta aberta para novos ajustes na Selic, diz Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital. Os diretores confirmaram mais uma alta de 1 p.p. na taxa em março, mas não deram guidance para as reuniões seguintes.

“Vale destacar que a magnitude do ciclo total, a Selic terminal, vai depender da dinâmica da inflação. Ou seja, eles vão deixar a porta aberta e, conforme evoluir a inflação, vão ajustando a Selic. É o cenário mais correto mesmo, na minha opinião”.

Bolzan diz que a postura do Comitê foi positiva pois “muita coisa pode acontecer depois de março”.

“O comunicado manteve o tom hawkish do último com uma decisão mais do que esperada pelo mercado”.

Corano Capital: Galípolo fez o que era esperado e o necessário

Na avaliação do economista da Corano Capital, Bruno Corano, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, “fez o que era esperado”. O Copom elevou a Selic para 13,25% e indicou uma nova alta de ponto percentual próxima reunião — seguindo o guidance dado em dezembro.

“A questão agora é se perguntar até onde o aumento de juros vai ser capaz de conter os ânimos e resolver algo que inevitavelmente cabe ao fiscal”, diz Corano.

Andbank: Copom mostra que as coisas ‘não estão indo bem’, mas se mostra disposto a reagir

O comunicado do Copom que elevou a Selic em 1 p.p. na primeira reunião de 2025 mostra que “as coisas não estão indo bem” nem no cenário doméstico nem no externo, diz Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.

Em reação, o Comitê se mostra disposto a fazer algo para contornar a volatilidade.

“Eles comentaram o panorama do mercado externo, que segue desafiador, além do aumento da inflação, a desancoragem em relação à meta, e os cenários aqui que jogam uma inflação mais alta para 2025 e 2026, mesmo sabendo que esse juro pode ser recessivo”.

O comunicado, segundo Bresciani, veio “mais ou menos em linha com o esperado” pelo mercado.

ASA: Comunicado do Copom foi de neutro para dovish

O economista do ASA, Leonardo Costa, avalia que o comunicado do Copom da reunião de janeiro foi de neutra para dovish.

“Uma leitura possível é que houve piora grande das expectativas (especialmente mais longas) e da inflação corrente para deixar tão aberto as decisões depois de março, tornando o texto mais dovish”, diz.

O colegiado segue indicando um cenário desafiador, com desancoragem das expectativas de inflação e preços em patamares mais elevados, além do hiato positivo.

 

Ativa Investimentos: o BC tenta se desamarrar de novas altas robustas, mas reitera o firme compromisso com meta de inflação

Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, a decisão do Copom em elevar os juros em 1 ponto percentual, para 13,25%, foi um “não-evento”, já que o guidance foi mantido.

Segundo ele, o BC não sustentou, no comunicado, mais duas rodadas de alta na Selic, “diferentemente do que alguns agentes esperavam”.

“Assim, em tese, o BC tenta se desamarrar de novas altas robustas, mas ainda reitera o firme compromisso com o regime de metas de inflação. O que acabou ficando desalinhado com a ação dovish e o discurso hawkish foram as expectativas condicionais da autoridade”, diz Sanchez.

A Ativa reiterou a projeção de que a Selic deve atingir 15% neste ano, com alta de 1 p.p. na reunião de março, seguidas de uma elevação de 0,50 p.p e uma residual de 0,25 p.p.

Selic a 13,25%: Quanto rendem R$ 5 mil por um ano na poupança, Tesouro Direto, LCI e CDB

Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta-feira (29) a primeira decisão do ano sobre a taxa Selic. O colegiado do Banco Central optou pelo aumento de 1 ponto percentual. Desta forma, o BC segue o guidance projetado no final do ano, sinalizando ainda um maior aperto monetário.

A alta vem diante das expectativas de uma inflação desancorada, com a desvalorização do real frente ao dólar e um aperto do mercado perante ao governo com relação à política fiscal.

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Copom confirma mais uma alta de 1 p.p. na Selic, mas ‘deixa porta aberta’ para além de maio

Após elevar a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) pela segunda vez seguida, o Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou o guidance da reunião passada que indicava mais uma alta similar na taxa na reunião de março. No entanto, os diretores ‘deixaram a porta aberta’ quanto a novos ajustes a partir de maio.

Nesta quarta-feira (29), o Comitê optou unanimemente por aumentar a taxa de juros para 13,25% ao ano.

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Dividendos de até 21,25%: Petrobras (PETR4), CSN Mineração (CMIN3) e mais 5 ações pagam acima da Selic de 13,25%

Sete ações pagam dividendos acima da nova taxa Selic de 13,25% ao ano, de acordo com levantamento da consultoria financeira Elos Ayta, a pedido do Money Times. A Petrobras (PETR4; PETR3) lidera a lista.

Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica em 1 ponto percentual nesta quarta-feira (29). A alta é a segunda de três do mesmo patamar indicadas pela autarquia no final do ano passado.

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Copom segue o guidance e eleva Selic em 1 p.p., a 13,25% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) na reunião desta quarta-feira (29), em decisão unânime. A taxa básica de juros saiu de 12,25% para 13,25% ao ano — o maior patamar desde setembro de 2023.

Na reunião passada, o Comitê também elevou a taxa em 1 p.p. e, inclusive, antecipou mais duas altas da mesma magnitude em cada uma das duas primeiras reuniões de 2025.

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>> Copom eleva Selic em 1 p.p., a 13,25% ao ano
>> BC: Prossegue reunião do Copom [18h41]
Ibovespa cai com NY negativa e à espera de Copom; dólar recua R$ 5,86

O Ibovespa (IBOV) estendeu as perdas da véspera e completou o segundo dia de perdas na expectativa pela primeira decisão de política monetária do Banco Central do ano — e sob o comando de Gabriel Galípolo. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve manteve os juros inalterados.

Nesta quarta-feira (29), o principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,50%, aos 123.432,12 pontos. 

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‘Ciclos de alta e baixa de juros são simétricos’, diz Itaú

O estudo do Itaú, que analisou 15 ciclos de juros desde outubro de 2002, mostra que os ciclos de alta e baixa de juros são simétricos, com movimentos médios entre 0,50 e 0,75 p.p.

Nos ciclos de alta, a intensidade média dos ajustes foi de 0,68 p.p., com a mediana em 0,50 p.p. Já nos casos de corte de juros, a intensidade média foi de 0,64 p.p. e mediana também de 0,50 p.p.

Ajustes superiores a 1 p.p. foram exceção e geralmente estiveram associados a contextos de crise econômica ou instabilidade inflacionária, sendo que ocorreram em apenas 10% das decisões.

O ajuste de 0,25 p.p. aconteceu em 20% dos casos; de 0,50 p.p. em 40% a 50%; e de 0,75 p.p em 10% a 15%.

Estudo do Itaú BBA mostra que altas de 1 p.p. na Selic ocorreram em apenas 10% das decisões

Um estudo realizado pelo banco Itaú BBA, que analisou 15 ciclos de juros desde outubro de 2002, mostra que movimentos de 1 p.p. ocorreram em apenas 10% das decisões.

Em poucas ocasiões — menos de 10% –, o Copom mexeu na Selic em mais de 1 p.p. A escolha por um ajuste de maior intensidade nos juros foi adotada em momentos de excepcionalidade.

Momentos como março de 2021 e outubro de 2002 são exemplos em que os diretores da autarquia recorreram a essas medidas, respondendo a crises econômicas e políticas que afetavam as expectativas de inflação e a estabilidade do regime monetário.

Copom deve deixar ‘portas abertas’ para a reunião do Copom de maio, diz XP

Apesar de possivelmente elevar a Selic em 1 p.p. nas reuniões de janeiro e março, o Copom deve optar por “deixar as portas abertas” para a decisão de maio, avalia a XP Investimentos.

“Os dados econômicos e as variáveis de mercado sugerem que o Copom deve manter a postura firme (hawkish) e avaliar se os efeitos das condições monetárias mais restritivas se intensificarão adiante”, afirmam o economista-chefe da casa, Caio Megale, e sua equipe.

Os economistas avaliam que o mais importante no anúncio desta quarta-feira (29) será a eventual sinalização da autarquia para a reunião de maio, uma vez que o guidance para a reunião de hoje já está dado.

Wall Street fecha em baixa com pausa no ciclo de cortes nos juros pelo Fed e recuo de Nvidia

Wall Street voltou ao território negativo com a retomada da liquidação das ações do setor de tecnologia. O dia também foi marcado pela primeira reunião de política monetária do Federal Reserve no ano. O Banco Central norte-americano manteve os juros inalterados e sem a indicação de novos cortes dos juros em breve.

Confira  o fechamento do índices de Nova York: 

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Travessão é ‘super alto’ para subir a Selic além do patamar já indicado, diz economista do Santander

O travessão para o Copom elevar a alta já indicada para a Selic é “super alto”, diz o economista do Santander, Marco Caruso. A autarquia disse no final do ano passado que pode aumentar os juros em 1 p.p. em cada uma das duas primeiras reuniões de 2025.

“O fato de ter dado um guidance para duas reuniões faz o travessão [para subir ainda mais a Selic] ser super alto, porque você não só está dizendo que vai elevar nessa, como já tem ousadia o suficiente para sugerir que vai entregar o mesmo em março”, disse em entrevista ao Money Times.

Caso a projeção para a reunião desta quarta-feira (29) se confirme, a taxa básica de juros brasileira sobe do patamar de 12,25% para 13,25% ao ano.

Entre os principais desafios que devem sustentar a decisão do Copom, Caruso destaca a deterioração das expectativas de inflação. “Desde a última reunião, vimos a inflação projetada para o horizonte relevante — o terceiro trimestre de 2026 — subir de 4% para 4,5%”, afirmou.

Copom indicou mais duas altas de 1 p.p. na Selic na reunião de dezembro

Após acelerar o ritmo do aperto monetário na última reunião de 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que também deve elevar a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) nas duas próximas reuniões, que acontecem em janeiro e março de 2025.

“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”.

Apostas do mercado para a reunião desta quarta-feira (29), segundo as Opções de Copom
  • Alta de 1 p.p.: R$ 97,10
  • Alta de 1,25 p.p.: R$ 1,64
  • Alta de 1,50 p.p.: R$ 1,15

*Quanto maior o preço, maior a expectativa do mercado para o cenário.

Veja as projeções para a Selic na reunião de janeiro
  • Santander: alta de 1 p.p.
  • XP Investimentos: alta de 1 p.p.
  • Itaú BBA: alta de 1 p.p.
Dólar cai pela 8ª vez consecutiva com Fed e leilão do BC e fecha a R$ 5,86

O dólar à vista (USDBRL) aumentou a sequência e recuou pela oitava vez consecutiva ante a moeda brasileira. Dessa vez, a baixa deve-se à decisão sobre os juros nos Estados Unidos e após uma nova intervenção do Banco Central no câmbio. O BC brasileiro também divulga a primeira decisão de política monetária nesta quarta-feira (29) depois do fechamento do mercado.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,8662 (-0,06%). Com a baixa, a divisa completou a maior sequência de perdas desde março de 2022.

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Ibovespa (IBOV) tenta manter os 124 mil pontos, com Super Quarta no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (29)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quarta-feira (29) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,20%, aos 124.308,99 pontos, por volta de 10h04 (horário de Brasília).



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Fundo imobiliário conclui aquisição de cotas do Condomínio Faria Lima Plaza por R$ 513 milhões; Ifix estende quedas no pré-Copom

fundo imobiliário Capitania Office (CPOF11) anunciou que concluiu a aquisição de 100% das cotas da REC 2017 Empreendimentos e Participações X (SPE), que detém 40% do Condomínio Faria Lima Plaza (SP). O valor da transação foi de R$ 513 milhões.

O pagamento de aproximadamente R$ 257 milhões já foram realizados e feitos de acordo com o que foi firmado entre o fundo e o vendedor.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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