Economia

Copom eleva Selic em 1 p.p; Veja o esperar a partir de agora

19 mar 2025, 18:00 - atualizado em 19 mar 2025, 20:58

O Comitê de Política Monetária (Copom) antecipou uma nova alta de juros, menor que 1 ponto percentual, na próxima reunião, após elevar a taxa básica de juros de 13,25% para 14,25% ao ano nesta quarta-feira (19).

A decisão sobre a magnitude total do ciclo de aperto monetário dependerá, segundo o comitê, da evolução da dinâmica da inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos, mantendo o firme compromisso de convergência da inflação à meta.

Selic a 14,25%: Economistas já veem ‘luz no fim do túnel’ para aperto monetário

O Banco Central cumpriu o que prometeu e elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, a 14,25%. A dúvida era se a autoridade monetária iria fornecer um novo guidance (projeção).

No comunicado, o BC deixa espaço para mais uma alta, mas em menor magnitude, o que fez economistas projetarem uma elevação de pelo menos mais 0,5 ponto percentual, o que levaria os juros a 14,75%.

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Copom/Daycoval:

Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval, avalia que duas discussões ficaram após o comunicado do Copom: o diagnóstico do cenário e alguma sinalização para o futuro.

Quanto ao diagnóstico, Cardoso afirma que o Copom reconhece a incerteza maior no cenário internacional, principalmente centrado em Estados Unidos — que veio em linha com o esperado.

Por outro lado, o BC sinalizou uma nova alta na próxima reunião, ainda que de menor magnitude, e deixou a “porta aberta” para novas elevações futuras — o que não era esperado pelo mercado. “A gente acreditava que o Banco Central não sinalizaria nessa direção, mas ele o fez”, disse.

Nas projeções do Daycoval, o Copom deve elevar a Selic em 50 pontos-base, para 14,75% em maio. O banco também espera uma nova elevação de mesma magnitude em junho, o que levaria a taxa básica para 15,25% ao ano — no fim do ciclo de altas.

Haddad diz que aumento da Selic é parte do “guidance” do Copom do final de 2024

O aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, pelo Comitê de Política Monetária nesta quarta-feira é parte do “guidance” do colegiado do Banco Central do final do ano passado, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O BC decidiu seguir o ritmo já previsto de aperto nos juros, em decisão unânime de sua diretoria, e indicou um ajuste de menor magnitude na próxima reunião se confirmado o cenário esperado.

Haddad ainda disse que vai comentar a decisão do Copom apenas após a publicação da ata.

*Com informações de Reuters

 

Copom/Banco Master: Comunicado registra uma moderação da atividade econômica de uma maneira curiosa

O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, destacou que o comunicado “registra uma moderação da atividade econômica de uma maneira curiosa”.

“Eles [os diretores] dizem que os indicadores de crescimento de atividade econômica, o mercado de trabalho apresentaram dinamismo, ainda que sinais sugiram uma incipiente moderação no crescimento. As palavras sinais e incipiente são quase uma redundância”, afirma.

“Então, é o início de sinal de possível moderação, foi assim que o Copom registrou os últimos dados que estão mais fracos”.

Além disso, Gala destaca que o Copom deu um “mini-for-guidance” com a sinalização de um ajuste de menor magnitude na próxima reunião.

Copom/MAG: BC deixa uma porta aberta para a reunião de junho

Para Claudio Pires, sócio-diretor da MAG Investimentos, a decisão do Copom em contratar uma nova elevação, de menor magnitude, em maio deixa a porta aberta para a reunião de junho, mas sem se comprometer.

“Nesse sentido, o plural nessa frase indicaria um BC mais duro, mas não foi o que aconteceu”, disse Pires.

A MAG Investimentos reduziu a projeção de Selic terminal de 15,50% para 15%. A corretora projeta aumento de 0,50% em maio e outra elevação de 0,25% em junho, encerrando o ciclo de altas.

>> Nova Futura Investimentos: Guidance de alta de juros leva à visão de um Copom menos dovish
Copom/Ativa: BC deve subir os juros em 50 pontos-base na próxima reunião

Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, o maior destaque da decisão do Copom é a flexibilização do guidance de política monetária.

O Comitê do Banco Central elevou os juros em 1 p.p. para 14,25% ao ano, e contratou mais uma nova alta na próxima reunião, em maio.

“A autoridade fez modificações pontuais no comunicado, aprimorando o parágrafo prospectivo para afirmar que a próxima elevação da Selic será de menor magnitude”, afirma Sanchez.

“A justificativa incluída pela autoridade dá um aspecto bastante dovish à perspectiva sobre a Selic, visto que o enfraquecimento da atividade foi classificado como incipiente, e o BC alegou que a desaceleração da alta se dará por conta das incertezas e das defasagens do aperto monetário. Isso significa que o BC julga que a restrição atual já deve ter efeitos relevantes sobre a economia, restando apenas aguardar o impacto defasado da política monetária sobre a inflação”, acrescenta.

Sanchez projeta a alta de 50 pontos-base em maio, o que levaria a Selic para 14,75% ao ano e “conduzirá a taxa a 15%, encerrando o ciclo com uma alta residual de 25 pontos-base”.

“O BC alegará que adotará a estratégia do wait and see, prevendo que os juros permanecerão elevados por tempo suficientemente prolongado até que haja a convergência da inflação para a meta.”

>> Comunicado foi consideravelmente mais hawkish que o esperado, diz Rio Bravo
Selic a 14,25%: 4 pontos para entender por que o Copom elevou o ritmo de alta dos juros para 1 p.p.

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual (p.p.), para 14,25% ao ano, no maior nível desde outubro de 2016.

A decisão já era esperada pelo mercado, dado que a alta fazia parte do guidance do BC divulgado na decisão de dezembro.

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Selic em 14,25% afeta crédito e custeio no agro; ‘elevação é nociva em momento de inflação dos alimentos’

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por elevar a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) na reunião desta quarta-feira (19), em decisão unânime, saindo de 13,25% para 14,25%.

Para o professor e pesquisador especializado em agronegócio no Centro de Agronegócio Global do Insper, Leandro Gilio, o aumento implica em crédito mais caro e uma maior dificuldade para custeio, comercialização e investimentos na produção.

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Selic a 14,25%: Quanto rendem R$ 10 mil por um ano na poupança, Tesouro Direto, LCI e CDB

O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta-feira (19) a segunda decisão do ano sobre a taxa Selic. O colegiado do Banco Central optou pelo aumento de 1 ponto percentual.

Em janeiro, após aumentar os juros para 13,25%, o Copom indicou mais uma alta de mesma magnitude na decisão de março. No entanto, o comitê deixou a porta aberta para novos ajustes a partir de maio.

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>> Bmg: O aumento de 50bps de maio será o último movimento deste ciclo de alta de juros
>> Dom Investimentos: Para as próximas reuniões, continuo esperando novas altas, sem dúvidas, mas altas menores
>> Copom: Muito provavelmente teremos um tom mais brando por parte do BC adiante, diz Marcos Moreira, sócio da WMS Capital
O que mudou no comunicado do Copom que elevou a Selic a 14,25%? Veja a comparação

O Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou a expectativa do mercado e elevou a Selic em 1 ponto percentual (p.p.), de 13,25% para 14,25% ao ano. Esse é o maior nível da taxa básica de juros desde outubro de 2016 — em meio a crise do governo Dilma.

Com a decisão dentro do esperado, o mercado agora se debruça sobre o comunicado dos diretores.

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>> Copom: Persiste uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação.
>> Copom: Conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo, ainda que sinais sugiram uma incipiente moderação no crescimento
Dividendos de até 76%: As ações que rendem mais que a Selic a 14,25%

Como o esperado, o Banco Central bateu o martelo e aumentou a taxa básica de juros em um ponto percentual, para 14,25%.

Com isso, teoricamente, ativos de renda fixa ganham mais atratividade, enquanto ações perdem brilho. Porém, algumas companhias ainda conseguem entregar bons retornos aos seus acionistas que, inclusive, superam a Selic.

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>> Copom considera que essa elevação da taxa básica de juros está alinhada com a estratégia de trazer a inflação de volta para as metas estabelecidas ao longo do período relevante
Banco Central eleva Selic em 1 ponto a 14,25% e prevê alta menor em maio

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) na reunião desta quarta-feira (19), em decisão unânime. A taxa básica de juros saiu de 13,25% para 14,25% ao ano.

O Copom já havia elevado a taxa em 1 p.p. em cada uma das duas reuniões passadas e, inclusive, antecipou mais uma alta da mesma magnitude na decisão de março – confirmada agora.

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>> BC: Prossegue reunião do Copom (18h35)
Hapvida (HAPV3) cai 4% à espera de resultados do 4T24; confira as maiores quedas do Ibovespa nesta quarta-feira (19)

A ponta negativa do Ibovespa foi liderada por Hapvida (HAPV3) na expectativa pelos resultados do 4T24, com a divulgação prevista para hoje depois do fechamento dos mercados. Os papéis foram pressionados pelos dados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que geraram ruídos para a companhia. 

Confira as maiores quedas do Ibovespa nesta quarta-feira (19):

> Hapvida (HAPV3): -4,24%, a R$ 2,26

> SLC Agrícola (SLCE3): -3,52%, a R$ 18,66

> Telefônica Vivo (VIVT3): -1,40%, a R$ 50,59

> PetroReconcavo (RECV3): -1,38%, a R$ 16,44

> Auren (AURE3): -1,15%, a R$ 7,73

Vivara (VIVA3) salta mais de 7% em reação ao balanço; confira as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira (19)

Vivara (VIVA3) liderou os ganhos com reação ao balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24). 

A rede de joalheiras registrou lucro de R$ 299,4 milhões no período, quase dobrando o registrado no mesmo período de 2024. No fechado do ano de 2024, o lucro líquido foi de R$ 653,393 milhões, alta de 71,4% ante o ano anterior.

Na avaliação do BTG Pactual, os resultados apresentados são decentes e os números operacionais vieram em linha com o esperado.

Confira as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira (19):

> Vivara (VIVA3): +7,57%, a R$ 19,18

> LWSA (LWSA3): +6,15%, a R$ 2,76

> Vamos (VAMO3): +5,39%, a R$ 4,30

> CVC (CVCB3): +5,13%, a R$ 2,05

> IRB Re (IRBR3): +4,67%, a R$ 50,46

Ibovespa avança com NY e registra maior série de ganhos em sete meses à espera do Copom; dólar cai a R$ 5,64

O Ibovespa (IBOV) encerrou a sessão em alta pelo sexto dia consecutivo, na maior série de ganhos desde agosto de 2024. O tom positivo foi impulsionado pelos índices de Wall Street, que subiram 1% após o Federal Reserve (Fed) manter os juros inalterados.

Nesta quarta-feira (19), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,79%, aos 132.508,45 pontos — no maior nível desde 2 de outubro de 2024. 

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Dólar cai pelo 7º dia consecutivo e fecha a R$ 5,64 com juros inalterados nos EUA e à espera do Copom

O dólar à vista (USDBRL) engatou a sétima a queda consecutiva em dia de atenções concentradas nas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Nesta quarta-feira (19), a divisa norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,6480, com queda de 0,42% — no menor nível desde 14 de outubro, quando a moeda terminou o dia a R$5,5827.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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