Economia

Tempo real: Economista-chefe da Armor Capital faz balanço sobre decisão do Copom de elevar Selic a 12,25%

11 dez 2024, 17:27 - atualizado em 11 dez 2024, 19:32

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) na reunião desta quarta-feira (11), em decisão unânime. Com isso, a taxa básica de juros saiu do patamar de 11,25% para 12,25% ao ano.

A expectativa já era de que os diretores acelerassem o ritmo do aperto monetário, após uma alta de 0,50 ponto percentual (p.p.) em novembro. O mercado, entretanto, estava dividido quanto ao tamanho do aperto — 0,75 p.p. ou 1 p.p.

Sobre o futuro da taxa de juros, o Comitê disse que “antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”.

Selic a 12,25%: 4 pontos para entender por que o Copom elevou o ritmo de alta dos juros para 1 p.p.

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual (p.p.), para 12,25% ao ano, na última reunião de 2024 e também a última presidida por Roberto Campos Neto.

“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto, o que exige uma política monetária ainda mais contracionista”.

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XP atualiza projeções para a Selic

A XP passou a projetar dois aumentos adicionais de 1 p.p. na Selic, seguidos de uma alta final de 0,75 p.p. em maio. Com isso, a taxa vai a 15,00% ao ano.

Eles ponderam ainda que, se necessário, o Copom pode optar por uma elevação adicional em junho para concluir o ciclo.

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Nomad: Copom fez tudo o que podia para tentar convencer de que não pouparão esforços para trazer a inflação para meta

O economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, afirmou que “Copom fez tudo o que podia para tentar convencer de que não pouparão esforços para trazer a inflação para meta”.

“A decisão unânime de acelerar pra valer a subida de juros e teor do comunicado foram nessa direção. Mais importante, reativaram o forward guidance sinalizando mais dois aumentos de 100 pontos base”, disse Igliori.

Segundo ele, o movimento de hoje deve contribuir para o processo de recuperação da credibilidade do colegiado e dar um alívio para os agentes do mercado financeiro.

SulAmérica Investimentos: a decisão, sem dúvida, é uma sinalização mais ‘hawkish’ ao mercado

Para Natalie Victal , economista-chefe da SulAmérica Investimentos, a surpresa da decisão do Copom foi o guidance, que havia sido ‘abandonado’ nas últimas reuniões.

“Nós esperávamos um guidance aberto, e o Copom já sinalizou as próximas duas reuniões que, mantendo o cenário base, entrega duas altas na mesma magnitude. Ou seja: já está falando que mantido o cenário base, entrega mais duas altas adicionais que levariam a Selic para 14,25. É uma decisão que, sem dúvida, é uma sinalização mais ‘hawkish’ ao mercado”, disse Victal.

“A minha grande dúvida agora é por que eles tiraram uma palavra ‘unanimidade’ na sinalização de decisão. Não sei exatamente o que eles quiseram dizer com isso, porque quando eu olho os votos, todos votaram pela alta de um ponto percentual”, afirmou a economista-chefe da SulAmérica Investimentos

Master: Decisão do Copom foi “muito dura”

Na avaliação do economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, a decisão do Copom foi “duríssima”.

“Não resta qualquer dúvida do compromisso desse Banco Central em controlar a inflação. Ninguém tinha na conta um choque tão violento de três altas de 1%”, afirmou Gala. Além de elevar a Selic em 1 ponto percentual hoje, o comunicado do Copom prevê outras duas elevações na mesma magnitude nas próximas reuniões.

“O comunicado também é bastante duro, não deixa qualquer dúvida que o Copom está lendo o que está acontecendo: a inflação de serviços muito resiliente, o hiato cada vez mais pressionado com a economia aquecida — crescendo perto de 4%; e a conjuntura externa, com o câmbio se desvalorizando, e o real a R$ 6”, disse o economista-chefe do Banco Master.

“Esse Copom é muito importante porque ele é já uma sinalização. Além disso, foi o primeiro Copom depois do atraso do pacote fiscal, que não veio com a força que se imaginava, e depois com o movimento do dólar indo a R$ 6”, acrescentou.

Segundo ele, o mercado deve reagir positivamente amanhã com queda da ponta longa da curva de juros e apreciação da moeda brasileira.

ABRAINC: Alta da Selic intensifica desafios enfrentados pela economia brasileira

A decisão do Copom de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual nesta quarta-feira (11) intensifica os desafios enfrentados pela economia brasileira, afirma a ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).

“Os juros elevados restringem o acesso ao crédito, dificultam investimentos e ampliam as despesas financeiras de famílias e empresas, com efeitos profundos em diversos setores produtivos do país, comprometendo sua sobrevivência”.

Apesar da análise, a Associação reconhece que a medida foi necessária para reduzir a pressão inflacionária e a alta do dólar.

“Esses desafios são particularmente evidentes no impacto sobre as empresas, que enfrentam crescentes dificuldades para manter sua sustentabilidade financeira”.

ASA: Desancoragem das expectativas e abertura do hiato do produto pesaram na decisão do Copom

A desancoragem das expectativas e a maior abertura do hiato do produto pesaram na decisão do Copom desta quarta-feira (11), diz o economista do ASA, Leonardo Costa.

“O balanço de riscos segue desequilibrado, com persistência do risco para mais inflação. Os destaques negativos são a desancoragem das expectativas, a resistência da inflação de serviços em patamar elevado (efeito do hiato positivo) e câmbio mais desvalorizado (efeito de políticas econômicas externas e internas)”, diz.

No ambiente doméstico, o economista afirma que é notável o reconhecimento do ritmo mais forte da atividade, que impacta via aumento ainda maior do hiato do produto — já considerado positivo.

Costa avalia ainda que a decisão segue sendo unanime — o que, diante de cenário tão adverso, é esperado que se mantenha nas próximas reuniões, mesmo com novos membros entrando no Copom.

Oryx Capital: Copom está ‘correndo atrás da curva’ de juros

Para Luiz Arthur Fioreze, economista e diretor de Gestão de Fundos da Oryx Capital, a decisão do Copom reflete a crescente preocupação do Comitê com o cenário inflacionário.

“No comunicado divulgado, o Copom demonstrou insegurança em relação às expectativas de inflação, o que reforça a percepção de que a autoridade monetária está, neste momento, ‘correndo atrás da curva’ de juros, pressionada por uma economia que segue aquecida”, afirmou Fioreze.

O economista também afirmou que o cenário fiscal é “um ponto crítico” para a política monetária. “A ausência de um pacote de corte de gastos realmente efetivo para equilibrar as contas públicas no final de 2024 gerou uma ruptura nas expectativas de investidores e economistas. A falta de compromisso com a disciplina fiscal alimenta incertezas e pressiona ainda mais a inflação”, afirmou

Ele acrescentou que “um aumento tão rápido dos juros pode resultar em um freamento excessivo da economia, levando ao aumento abrupto do desemprego nos próximos meses, sumiço de investimentos”, além uma queda “generalizada” nos preços dos ativos, especialmente na bolsa de valores.

WMS Capital: Copom foi assertivo na decisão dado toda a deterioração do cenário nas últimas semanas

O sócio da WMS Capital, Marcos Moreira, afirmou que a decisão do Copom, em aumentar a Selic em 1 ponto percentual, “foi assertiva”.

“Acreditamos que o Copom foi assertivo na decisão, dado toda a deterioração do cenário nas ultimas semanas e a desancoragem das expectativas de inflação além do horizonte relevante de 18 meses. Hoje, vemos a inflação subindo de maneira consistentemente em todo o horizonte até 2027”, disse Moreira.

Ele também citou a pressão do cenário fiscal sobre a política monetária. “O governo perdeu uma grande chance de ganhar credibilidade em mostrar um forte compromisso com a sustentabilidade das contas públicas, quando foi divulgado o pacote de contenção de gastos há algumas semanas”, afirmou.

A WMS prevê Selic a 14,25% no próximo ano.

Ativa Investimentos: Copom mostrou-se duro e insatisfeito com o comportamento das expectativas de inflação

O Copom mostrou-se muito duro e insatisfeito com o comportamento das expectativas de inflação no comunicado desta quarta-feira (11), disse o economista da Ativa, Étore Sanchez. Além disso, alertou para a abertura adicional do hiato do produto.

O fiscal foi citado pela autoridade, mas mais sobre os efeitos da divulgação do pacote, que contribuem para uma dinâmica inflacionária mais adversa.

A autoridade ainda passou a projetar um desvio de 100 bps para o horizonte relevante. “Matematicamente, para buscar a plena convergência da inflação, seria necessário que o BC subisse o juro 500 bps acima do que o Copom precifica atualmente, além de esperar que as expectativas convirjam pelo esforço monetário”, calcula Sanchez.

O economista diz ainda que o Banco Central sabe que a tarefa será “hercúlea”, visto que parte relevante da desancoragem vem da desconfiança sobre a própria autarquia.

“A reconstrução de tal credibilidade se dará principalmente após o início do ano que vem, quando se forma a maioria de indicados por Lula. Não obstante, se o rigor observado nessa reunião se mantiver ao longo do primeiro semestre de 2025, parte das expectativas já deverá se acomodar de maneira mais expressiva”.

A Ativa projeta agora que a Selic subirá a 15%, com duas altas de 100 bps, mais uma de 50 bps e uma residual de 25 bps.

Renda fixa: Por que a Selic acima de 12% pode esconder um risco ao investidor, segundo CEO da Oliveira Trust

O Banco Central bateu o martelo e elevou a Selic em 1 ponto percentual, para 12,25%. Nesse cenário, os investimentos em renda fixa ganham ainda mais destaque.

Para CEO da Oliveira Trust, que presta serviços para fiduciários de fundos de investimento e títulos de renda fixa, José Alexandre Freitas, isso também pode aumentar o risco para certas emissões.

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BMG: Ação mais agressiva de política monetária deverá ter efeitos positivos sobre a dinâmica de expectativas de inflação

Para o economista-chefe do Banco BMG, Flávio Serrano, a elevação da a taxa Selic em 1 ponto percentual,  para 12,25% ao ano, “não chega a ser uma surpresa”.

O destaque, para ele, foi a indicação futura dos próximos passos de política monetária. Após mesmo sem foward guidance, o Copom sinalizou duas novas altas de 1 ponto percentual nas próximas decisões, se “o cenário previsto se confirmar”.

“Acreditamos que a ação mais agressiva de política monetária deverá ter efeitos positivos sobre a dinâmica de expectativas de inflação, evitando que elas continuem piorando de maneira tão intensa como vínhamos observando recentemente”, disse Serrano.

Segundo ele, o dólar deve se valorizar ante o dólar no curto prazo em reação à decisão do Copom.

O Banco BMG projeta mais duas elevações de 1 ponto percentual e uma ajuste “residual” de 0,5 ponto percentual, o que deve levar a Selic para 14,75% ao ano.

The Hill Capital: Copom opta por decisão e comunicado ‘bem hawkish’

O estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital, Marcelo Bolzan, afirma que o Copom optou pela decisão e pela comunicação “mais duras” na decisão desta quarta-feira (11). “O comunicado surpreendeu positivamente. Precisava ser duro e realmente foi”.

“O comunicado deixa bem claro aqui que a dinâmica inflacionária está mais adversa. E esse cenário atual é marcado por uma desancoragem adicional das expectativas de inflação, então veio com um tom mais pesado aqui”, diz.

Diferente das últimas reuniões, os diretores já deixaram um forward guidance de que os próximos dois movimentos devem ser de 1% — “o que é bem hawkish“.

Em relação aos mercados, o estrategista espera que os investidores recebam a notícia de forma positiva. “Mesmo que juros elevados sejam ruins para a Bolsa, o comunicado vai passar um recado importante de que o Banco Central vai buscar convergir a inflação para o centro da meta”.

“A tendência é de que a bolsa abra o dia de forma positiva e pode ser que o dólar recue um pouco mais”, afirma.

Apas: BC tem adotado uma postura muito cautelosa, utilizando apenas um único instrumento para controlar a inflação.

Na avaliação do economista-chefe da APAS (Associação Paulista de Supermercados), Felipe Queiroz, a decisão do Copom em elevar a Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano, já era esperado — principalmente pelos últimos indicadores de inflação, como o IPCA, que superou o teto da meta.

Mas, para ele, o BC tem usado apenas a taxa de juros para controlar o choque nos preços. “Nós entendemos que o Banco Central tem adotado uma postura muito cautelosa, utilizando apenas um único instrumento para controlar a inflação”, afirmou Queiroz.

“Entendemos que na atual conjuntura há espaço para implementar uma política monetária mais ampla, que adote diferentes instrumentos, não apenas a calibragem periódica da taxa de juros, para o controle inflacionário”, acrescenta.

O economista-chefe da APAS também disse “aumentar os juros, desestimula o investimento e impede a expansão da capacidade produtiva, assim como afeta diretamente o consumo e a demanda agregada, perpetuando os entraves estruturais ao desenvolvimento do país”.

BGC Liquidez: BC mostrou humildade em reconhecer que estava atrasado

Na avaliação do estrategista-chefe BGC Liquidez, Daniel Cunha, o Banco Central “mostrou humildade em reconhecer que estava atrasado” no comunicado da decisão do Copom divulgado há pouco.

Para Cunha, a decisão de elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, mostrou a capacidade de reação e adaptação, “recuperando as rédeas da condução de politica monetária” e ao retomar o forward guidance de maneira a sinalizar mais altas neste ritmo a frente.

No comunicado, o Copom disse que deve, se o cenário esperado for se confirmando, fazer um ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões.

“O mercado deverá reagir positivamente, com destaque para queda do dólar”, afirma Cunha.

Selic a 14,25%? Copom indica mais duas altas de 1 p.p. na taxa de juros

Após acelerar o ritmo do aperto monetário na última reunião de 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que também deve elevar a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) nas duas próximas reuniões, que acontecem em janeiro e março de 2025.

Nesta quarta-feira (11), o Comitê optou unanimemente por aumentar a taxa de juros para 12,25% ao ano. Com a indicação futura, os juros devem subir para o patamar de 14,25%, após o encontro de março.

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Selic a 12,25%: Quanto rendem R$ 5 mil por um ano na poupança, Tesouro Direto, LCI e CDB

Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta-feira (11) a última decisão do ano sobre a taxa Selic. O colegiado do Banco Central decidiu pelo aumento de 1 ponto percentual. Desta forma, o BC segue com o aperto monetário.

A alta vem diante das expectativas de uma inflação desancorada, com a desvalorização do real frente ao dólar e uma descrença com a política fiscal no mercado. Os membros do Copom optaram pela cautela na condução da política monetária no país.

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Copom eleva Selic em 1 p.p., a 12,25% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) na reunião desta quarta-feira (11), em decisão unânime. Com isso, a taxa básica de juros saiu do patamar de 11,25% para 12,25% ao ano.

“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto, o que exige uma política monetária ainda mais contracionista”.

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**Copom eleva Selic em 1 p.p., a 12,25% ao ano
Taxas de juros longas recuam com ajustes e otimismo por tramitação do pacote fiscal

As taxas dos DIs recuaram nesta quarta-feira (11) para o médio e longo prazos, com o mercado fazendo ajustes e mostrando otimismo com a tramitação do pacote fiscal no Congresso, enquanto os juros para vencimentos de curto prazo subiram devido à percepção de que o Copom vai acelerar o ritmo de aperto da Selic.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 estava em 12,009%, ante 11,96% no ajuste anterior. Já a taxa do contrato para janeiro de 2027 marcava 14,47%, ante o ajuste anterior de 14,685%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,81%, ante 13,997% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,61%, ante 13,775% na véspera.

Investidores realizaram ajustes técnicos nesta sessão, após cobrarem elevados prêmios de risco nas últimas semanas em meio a temores com o compromisso do governo com o ajustes das contas públicas impulsionados pelo anúncio no mês passado de um projeto de reforma do Imposto de Renda.

Na semana passada, alguns vencimentos acumularam mais de 70 pontos-base de alta em suas taxas.

“Tem um movimento de arrefecimento das taxas. Passamos muitas sessões com todas as taxas acima de 14%, o que é muita coisa. Então tem uma reversão técnica”, disse Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.

Em movimento semelhante ao da sessão anterior, os agentes financeiros também demonstravam maior otimismo quanto à possibilidade de aprovação das medidas de contenção de gastos do governo no Congresso ainda neste ano.

O governo publicou na terça uma portaria detalhando procedimentos e prazos para a liberação de emendas parlamentares, instrumento no centro do mal-estar entre o Executivo e o Legislativo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que vai trabalhar por um consenso para que as medidas do pacote fiscal possam ser votadas ainda nesta semana.

“Isso ajuda, porque sempre existiu a possibilidade de o Congresso não apoiar o pacote ou desidratá-lo. Então, à medida que avança essa discussão, isso ajuda nessa correção”, afirmou Quaresma.

Na contramão das demais taxas, os juros futuros para contratos de curto prazo tiveram leve alta, uma vez que o mercado tem consolidado as expectativas de que o Copom vai intensificar o ritmo de seu aperto monetário.

Operadores precificam 70% de chance de o Copom elevar a Selic, atualmente em 11,25% ao ano, em 1 ponto percentual nesta quarta-feira, contra 30% de probabilidade de um aumento de 0,75 percentual. Na reunião de novembro, o BC elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto.

O Copom anunciará sua decisão após o fechamento dos mercados.

No cenário externo, os investidores reagiram durante a manhã à divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos, que vieram em linha com o esperado, fomentando as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.

Os números chegaram a derrubar os rendimentos dos Treasuries mais cedo, mas o movimento se reverteu depois. O rendimento do Treasury de dois anos — que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo — tinha alta de 1 pontos-base, a 4,157%.

*Reuters

Ibovespa sobe 1% antes do Copom; dólar fecha abaixo de R$ 6 pela primeira vez em dezembro

O Ibovespa (IBOV) engatou a terceira consecutiva com expectativas sobre a última decisão sobre os juros em 2024. O quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também dividiu as atenções.

Nesta quarta-feira (11), o principal índice da bolsa brasileira subiu 1,06%, aos 129.593,31 pontos. Durante a sessão, o índice chegou a superar os 130 mil pontos.

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Bradesco diz que elevar ritmo de alta na Selic é em vão

O Bradesco defende que qualquer movimento mais hawkish (duro) do Banco Central na Selic na reunião desta quarta (11) será em vão. Segundo o banco, um eventual choque de juros apenas ampliará a volatilidade do PIB.

“Os eventos que ocorreram desde o último Copom são alheios à política monetária e, a essa altura, acelerar o passo pode agravar o equilíbrio de riscos na economia, sem que haja ganhos substanciais para a inflação, vis-à-vis à estratégia alternativa”, dizem.

Os economistas afirmam que “a serenidade, a persistência e a convergência gradual, ao ritmo de 0,50 p.p., ainda parecem a melhor escolha para lidar com o momento peculiar e com a incerteza”.

BTG desiste de 0,75 p.p. e defende alta de 1 p.p. na Selic

Nesta semana, o BTG Pactual elevou sua projeção para o aperto do Copom desta quarta (11) de 0,75 p.p. para 1 p.p.

“Diante do quadro resiliente na atividade econômica, da deterioração da inflação que antevemos para 2025-2026 e da relevante desancoragem adicional das expectativas de inflação na margem, decidimos reavaliar nossa expectativa para o Copom de dezembro”, dizem.

Os economistas julgam que, nas condições atuais, os riscos são evidentes de maior desancoragem à frente.

Itaú prevê alta de 1 p.p. na Selic

O Itaú acredita que o Copom deve elevar a Selic em 1 p.p. na reunião desta quarta-feira (11).

Tal decisão, segundo os economistas, seria justificada pela piora do cenário base e das projeções de inflação, com um balanço de riscos ainda assimétrico para cima.

Para a próxima reunião, o BC pode afirmar que antevê um ajuste de mesma magnitude e indicar que, diante da piora das projeções e do balanço de riscos, além da possibilidade de desancoragem adicional das expectativas, a taxa de juros deverá se manter em patamar contracionista pelo tempo necessário.

Fechamento do Ibovespa (preliminar)

O Ibovespa fechou a quarta-feira (11) em alta de 1,01%, aos 129.520,43 pontos, de acordo com dados preliminares da B3.

Riscos elevados fazem XP projetar alta de 1 p.p. na Selic 

A XP Investimentos acredita que uma elevação de 1 p.p. na Selic é o ideal para a última reunião do ano.

Segundo os economistas, os riscos ainda parecem inclinados para cima, se a desancoragem das variáveis nominais – taxa de câmbio e expectativas inflacionárias – continuar.

A aceleração no ritmo do aperto monetário, de acordo com a casa, contribuiria para estabilizar os preços dos ativos financeiros, além de reforçar o compromisso dos diretores com a inflação baixa.

**Operadores precificam 70% de chance de o Copom elevar a Selic em 1 p.p., contra 30% de probabilidade de um aumento de 0,75 p.p.
O que os analistas esperam do Copom desta quarta (11)?
  • BTG Pactual: +1 p.p.
  • Itaú: +1 p.p.
  • XP: +1 p.p.
  • Bradesco: +0,50 p.p.
Petróleo fecha em alta pela 3ª vez consecutiva, com novas sanções contra a Rússia

O petróleo estendeu os ganhos pela terceira vez consecutiva com novo pacote de sanções dos Estados Unidos contra a Rússia. As tensões geopolíticas no Oriente Médio seguem no radar.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para fevereiro de 2025, terminaram a sessão em alta de 1,84%, a US$ 73,52 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

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Opções de Copom indicam que mercado aposta em alta de 1 p.p. na Selic nesta quarta-feira (11)

Apostas para uma alta de 1 p.p. na Selic na última reunião de 2024 valiam R$ 63,50, enquanto para 0,75 p.p. valiam R$ 27.

Dólar cai mais de 1% e fecha abaixo de R$ 6 com Lula e à espera de Copom

Depois de oito sessões cotado acima de R$ 6, o dólar à vista (USDBRL) rompeu o nível histórico e fechou em forte queda nesta quarta-feira (11), com os investidores dividindo as atenções entre o quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a reação à inflação dos Estados Unidos em novembro.

O mercado também ficou em compasso de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o último encontro sob a presidência de Roberto Campos Neto.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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