Tempo de Resultados: Veja as análises para Petrobras (PETR3), Oi (OIBR3), PetroRio (PRIO3) e Cielo (CIEL3)
A semana foi repleta de resultados de empresas importantes para os investidores, dentre elas a empresa de maior peso na bolsa de valores brasileira e a queridinha de muitos analistas.
A Petrobras (PETR3;PETR4) reportou lucro líquido recorrente de R$ 43,3 bilhões, alta de 2969,9% em relação ao mesmo período de 2021. Já o lucro líquido, que insere os fatores não recorrentes do trimestre, ficou em R$ 44,56 bilhões, alta de 3718,4%.
Além disso, a empresa aprovou o pagamento de R$ 3,71 por ação em dividendos, que será dividido em 2 parcelas. A primeira, no valor de R$ 1,857745 por ação preferencial e ordinária em circulação, será paga em 20 de junho de 2022; e a segunda, no valor de R$ 1,857745 por ação preferencial e ordinária, será paga em 20 de julho de 2022.
O especialista em renda variável da Vitreo, Bruno Guimarães, revela que o valor da empresa está muito longe do que pode valer no futuro. “É uma empresa que está muito desalavancada, está gerando muito caixa, está pagando muito dividendo e está descontada.”
Dentro do setor de óleo e gás, a PetroRio (PRIO3) também reportou seus resultados e nesta quarta-feira (04) revelou um lucro líquido de 228 milhões de dólares para o primeiro trimestre de 2022, ante prejuízo de 7 milhões obtido um ano antes.
Já o Ebitda disparou 193% no período para quase 229 milhões de dólares. O resultado foi impulsionado pelo desempenho operacional da companhia e altos preços do petróleo.
Outro ponto positivo, e que faz parte da estratégia da empresa, foi a aquisição bilionária do campo de Albacora Leste, antes pertencente à Petrobrás. Para Bruno, a empresa tem bastante potencial pela frente e com um caixa saudável, tem batante dinheiro para pagar essas novas aquisições.
A Cielo (CIEL3), gigante das maquininhas, divulgou um lucro líquido de R$ 185 milhões, um salto de 36% ante mesmo período de 2021. O Ebitda consolidado também aumentou e atingiu R$ 711 milhões, alta de 16%. Porém, a receita líquida caiu 12%, para R$ 2,7 bilhões.
Um dos destaques do período foi a antecipação de recebíveis, que somou 26 bilhões de reais, crescimento de 31% sobre um ano antes, com mais lojistas pedindo para receber recursos de vendas, em um cenário de juros e inflação alta.
E a empresa, inclusive, aprovou o pagamento de R$ 65 milhões em juros sobre o capital próprio.
Para Guimarães, a empresa vive o melhor momento dos últimos anos, mas isso não quer dizer que o momento da companhia seja bom, existem muitas dúvidas ainda e o mercado deu uma exagerada no valor do papel. “Para o investidor que está de olho em Cielo é necessário cautela no momento”.
Já a Oi (OIBR3) enfrenta uma briga para sair da recuperação judicial. O processo de aprovação da venda para as rivais foi longo e só terminou no dia 20 de abril, quando a empresa informou ao mercado que a operação foi finalizada por R$ 15,9 bilhões.
Agora, divulgando o resultado do 4º trimestre de 2021 cm bastante atraso, o prejuízo líquido foi de R$ 1,6 bilhão uma queda de 192,9% ante igual intervalo de 2020. E encerrou o ano com uma dívida líquida de R$ 32 bilhões e uma posição de caixa de R$ 3,3 bilhões — uma redução de R$ 844 milhões no trimestre e de R$ 1,266 bilhão no ano.
Bruno complementa que é um ativo de altíssimo risco no mercado e necessária muita cautela para um momento de compra. “Se o cliente for fazer um portfólio diversificado em renda variável e expressar um interesse em colocar uma Oi, com certeza será em um patamar muito pequeno em relação às outras.”
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