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Tempestade perfeita derruba forte a soja, o milho e o trigo em Chicago

14 jun 2021, 15:50 - atualizado em 14 jun 2021, 16:08

 

Soja foi a mais penalizada pela combinação de vários fatores nos negócios hoje em Chicago (Imagem: Reproduçao/Embrapa)

A segunda-feira (14) foi de tempestade perfeita para o desempenho dos grãos na Bolsa de Chicago. O recuo foi geral e forte nas principais commodities, soja e milho, trazendo o trigo junto.

Depois de uma semana de baixas, na soja principalmente, o ambiente negativo da sexta-feira, comprimido por maiores estoques globais – inclusive por pressão de maior oferta de óleo de soja – se mantiveram neste primeiro dia de negócios, adicionando à melhora do clima nos Estados Unidos e, há pouco, os dados de embarques semanais de grãos.

A oleaginosa despencou de 36 a 42 pontos, nos contratos mais próximos, fechando em torno dos US$ 14,40 (julho) e US$ 14,70 (agosto) o bushel; o milho, nos vencimentos julho e setembro, recuou 25 e 31 pontos, US$ 6,59 e US$ 5,98; e o trigo perdeu em torno de 6,5 pontos nos mesmos meses, na casa dos US$ 674 a US$ 679.

Além disso, permanece ameaça, ainda não confirmada nem desmentida pelo governo dos EUA, de corte nos mandatos de mistura de bicombustíveis ao diesel e à gasolina. Fatores, se confirmados, de mais oferta à vista.

A mais recente notícia, sobre as vendas americanas que o USDA divulgou no começo da tarde, impactou mais a soja. Está abaixo das expectativas.

Na semana até 10 de junho, os embarques foram de 128 mil toneladas, contra projeções de 150 mil ou mais ainda, embora no ano haja um acréscimo de 57% sobre o mesmo acumulado de 2020.

Junto com a melhora esperada para o clima, em lavouras quase todas semeadas, o tombo na CBOT se consolidou.

O milho e o trigo tiveram embarques dentro das previsões, mas estão também sobre pressão pela melhora da umidade que deverá chegar nos próximos dias, dias menos quentes e relatos de lavouras em boas condições.