Temores de recessão mantêm ações europeias pressionadas; índice da Itália tem desempenho inferior
As ações de commodities e bancos arrastaram o índice pan-europeu STOXX 600 para baixo nesta quinta-feira, com apostas crescentes em aumentos de juros mais agressivos pelo banco central dos Estados Unidos alimentando preocupações com uma recessão, enquanto o principal índice da Itália despencou, uma vez que o governo do país corre o risco de um colapso.
O STOXX 600 fechou em baixa de 1,01%, a 412,81 pontos, com perdas amplas.
O índice já havia caído 1% na quarta-feira, quando dados mostraram que a inflação dos Estados Unidos atingiu uma máxima em quase 41 anos, estimulando apostas de que o Fed poderá entregar uma alta de juros maior do que o 0,75 ponto percentual que os mercados haviam precificado inicialmente para este mês.
As ações globais têm sido golpeadas neste ano conforme os bancos centrais tentam domar a inflação crescente, deixando investidores preocupados com o impacto do aperto monetário no crescimento econômico. O STOXX 600 recua cerca de 16% até agora em 2022.
As ações de petróleo e gás e mineradoras acompanharam os preços das commodities e caíram 3,8% cada, enquanto as de bancos recuaram 3,1%. Papéis de viagens e lazer foram os únicos que obtiveram ganhos, com alta de 0,5%.
O índice MIB, da Itália, despencou e fechou no seu menor nível desde novembro de 2020, depois que o Movimento 5 Estrelas não apoiou um voto de confiança parlamentar nesta quinta-feira, uma ação que provavelmente desencadeará o colapso do governo.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 0,74%, a 7.156,37 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,16%, a 12.756,32 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,73%, a 6.000,24 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,93%, a 21.286,33 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,87%, a 7.944,90 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,97%, a 5.863,41 pontos.
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