Temer vai vetar deduções a doações para fundos patrimoniais, diz Esperidião Amin
O deputado Esperidião Amin (PP-SC) afirmou que o presidente Michel Temer vai vetar dispositivo que autoriza os empresários a deduzirem do imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) as doações aos fundos patrimoniais para financiar projetos e atividades nas áreas de educação, ciência, tecnologia, pesquisa, inovação, cultura, saúde, meio ambiente, assistência social, desporto, segurança pública e direitos humanos.
Esse ponto foi incluído pela comissão mista que analisou a Medida Provisória 851/18, que permite a criação de fundos. “Nós todos sabemos que vamos votar sim agora, mas que o presidente Michel Temer vai vetar. Esse é o acordo”, disse Amin, durante a votação em Plenário.
Os deputados rejeitaram nesta noite o destaque do MDB que pretendia excluir a permissão de dedução das doações aos fundos patrimoniais.
Direitos humanos
As deduções de financiamento de atividades ligadas aos direitos humanos causaram maior polêmica. O deputado Delegado Waldir (PSL-GO) disse que a proposta seria uma espécie de ampliação da Lei Rouanet. “Amplia o leque de possibilidades e, amanhã, veremos a cara desta Casa destacada negativamente na imprensa”, disse.
O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) disse que a proposta iria “tirar dinheiro da educação”. “O empresário não vai querer doar para educação, vai querer doar para o Flamengo, que gera mais sucesso”, disse.
As críticas foram rebatidas pela relatora, deputada Bruna Furlan (PSDB-SP). “Esse projeto é importante para a filantropia educacional. Ao aprovar um projeto deste porte, pretendemos melhorar o mundo que nos circunda”, disse.