Teles: BTG elege sua provedora de internet favorita, com potencial para dobrar preço da ação
O BTG Pactual (BPAC11) continua otimista com a Desktop (DESK3). O banco tem recomendação de compra para a ação, com novo preço-alvo de R$ 32 (versus R$ 45 anteriormente), o que implica potencial de valorização de mais de 100% em relação à cotação do último fechamento.
A Desktop é a principal escolha do BTG entre os provedores de internet. De acordo com os analistas, a Desktop se posicionou como a principal força motriz da consolidação do mercado ISP (fornecedor de acesso à internet) na região de São Paulo.
“A Desktop está crescendo mais do que o esperado (via M&As [fusões e aquisições]) e rapidamente fez aquisições estratégicas que consolidaram seu status de ISP nº 1 em São Paulo”, afirmam Carlos Sequeira, Osni Carfi e Vitor Melo, analistas do BTG que assinam o relatório divulgado na última quinta-feira (7).
Segundo o BTG, em comparação com os outros dois ISPs listados, Unifique (FIQE3) e Brisanet (BRIT3), a Desktop tem um desempenho “um pouco acima”.
Na avaliação do BTG, a ação da provedora de internet, negociada a um múltiplo 6,2 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) estimado para 2022, está bastante descontada para os pares globais, que negociam a aproximadamente 15 vezes.
Comparada com Unifique e Brisanet, a Desktop negocia com desconto para Brisanet (6,5 vezes) e com prêmio para Unifique (5,5 vezes).
Expansão agressiva
O BTG destaca o crescimento agressivo da Desktop, que está expandindo sua rede FTTH (Fiber to the Home, ou Fibra para o Lar) e a base de clientes de forma rápida, adicionando 2 milhões de casas passadas em 2021, contra 880 mil casas passadas em 2020.
O banco estima que, até 2025, a Desktop terá 8 milhões de casas passadas e 1,7 milhão de clientes conectados.
“Esse crescimento agressivo exigirá grandes investimentos. Estimamos que em 2022-25, a expansão da fibra orgânica consumirá R$ 2,1 bilhões em caixa, que acreditamos que a empresa pode financiar via dívida”, dizem os analistas.
O BTG espera que a alavancagem da Desktop chegue ao pico em 2022, marcando 2,4 vezes dívida líquida/Ebitda.
O BTG cortou as estimativas de receitas e margens, refletindo a redução de adições orgânicas estimadas e cenário macro mais desafiador, com inflação e taxa de juros elevadas.
O banco agora espera que a Desktop entregue receita de R$ 853 milhões em 2022, 9% menor do que antes.
A redução das estimativas para as margens se deve ao crescimento da Desktop.
“À medida que a Desktop cresce mais rápido, manter as margens em níveis anteriores não é fácil”, comentam Sequeira, Carfi e Melo.
Com a margem Ebitda de 2021 atingindo 41,9%, o BTG reduziu as projeções de 2022 para 44%, de 45%.
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