Tecnologia

Telemedicina veio para ficar? Serviços em saúde digital no país só aumentam

14 fev 2022, 15:26 - atualizado em 14 fev 2022, 15:26
Telemedicina
Números de atendimento em telemedicina no país continuam crescendo no país (Imagem: Shutterstock/fizkes)

Os desafios enfrentados pela área da saúde durante a pandemia abriram espaço para uma série de inovações tecnológicas no setor. O aumento exponencial da demanda por serviços de telemedicina faz parte de uma nova etapa de “digitalização” de serviços médicos que, pelo visto, veio pra ficar.

De acordo com a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) desde abril de 2020 foram realizados cerca de 6,5 milhões de atendimentos em telemedicina no Brasil.

Ao mesmo tempo, estimativas da BenCorp, empresa de gestão em saúde corporativa, indicaram que o setor de saúde digital movimentou em torno de US$ 344 milhões apenas em 2021. Os números representam um aumento de 329% com relação aos anos anteriores.

Apesar de mais de 67% da população brasileira estar vacinada, os números de atendimento em telemedicina não param de subir. Para Ian Bonde, CEO da Vibe Saúde, “o serviço veio para ficar”.

Segundo a empresa, 84% dos brasileiros acreditam na permanência dos serviços de saúde digital após o fim da pandemia. E não são apenas as pesquisas que indicam isso. No último trimestre, os números de consultas em telemedicina dobraram na plataforma.

O executivo sueco com mais de 15 anos de experiência no setor acredita que os serviços digitais têm um grande impacto em todo sistema de saúde e sua rede de atendimentos.

“Cerca de 80% dos casos de saúde primária que são atendidos podem ser solucionados à distância, inclusive por outros profissionais, como enfermeiros”, afirmou. “Através de atendimentos como esse, impactamos todo o sistema de saúde, público e privado”.

Para Ian, casos menos graves que são atendidos remotamente, permitem que unidades de saúde, como clínicas e hospitais, possam oferecer um serviço mais especializado e com maior qualidade para pacientes graves.

A Vibe Saúde, uma das líderes no país no mercado saúde digital, teve o lançamento da sua plataforma em julho de 2020. Desde então já conta com 4 milhões de downloads ao redor do país. Em sua última rodada de investimentos, recebeu um aporte de US$ 10 milhões – o maior para o segmento no país.

Com um corpo clínico próprio, a startup foca nos 150 milhões de brasileiros que não possuem plano de saúde e carecem de serviços de atenção primária. Com assinaturas acessíveis, serviços integrados em medicina e um oferecimento de 12 especialidades, a empresa caminha para o futuro dos serviços em saúde global.

Estagiário
Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
renan.nunes@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
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