Telegram planeja ser listada em bolsa em até dois anos
Telegram, empresa responsável pelo aplicativo de mensagens, está considerando lançar uma oferta pública inicial (IPO) nos próximos dois anos, noticia o Decrypt.
A empresa sugere uma possível valoração entre US$ 30 e US$ 50 bilhões, conforme noticiado pelo jornal russo Vedomosti nesta segunda-feira (12).
Segundo uma das fontes familiarizadas com o assunto, a data da IPO depende de dinâmicas de mercado, citando um modelo tradicional de IPO, listagem direta ou fusão com uma empresa de aquisição para fins específicos (SPAC).
De acordo com o artigo, a opção mais favorável para a listagem do Telegram seria ou na Nasdaq ou na Bolsa de Valores de Hong Kong (HKEX).
Hong Kong seria uma boa escolha, pois 40% dos usuários do aplicativo se encontram na Ásia. Espera-se que, até 2023, esse número atinja 50% e cresça cerca de um bilhão.
Lançado em 2013 como um aplicativo com foco em privacidade e livre de anúncios, o Telegram ultrapassou 500 milhões de usuários ativos mensais em 2021. Muitos desses usuários negociam criptomoedas e outras atividades parecidas.
Em março, a empresa arrecadou mais de US$ 1 bilhão por meio de vendas de títulos. Segundo o CEO Pavel Durov, o acordo envolvia “alguns dos maiores e mais conhecidos investidores de todo o mundo”.
O fundo recém-arrecadado ajudará o Telegram a continuar seu alcance global “enquanto permanece fiel a seus valores e continua independente”.
Hong Kong também seria uma boa escolha, já que o Telegram sempre teve problemas com a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC).
A agência forçou a empresa a abandonar seu projeto chamado Telegram Open Network (TON) após ter arrecadado US$ 1,7 bilhão por meio de uma oferta inicial de moeda (ICO) em 2018. O Telegram teve de pagar uma multa de US$ 18,5 milhões à SEC em 2020.
Hester Peirce, a “criptomãe”, não concordou
com abordagem da SEC com o Telegram