Telegram fora do ar: Entenda por que Justiça suspendeu serviço
O Telegram está suspenso no Brasil, após determinação da Justiça Federal do Espírito Santo na quarta-feira (26). A decisão ocorreu após o aplicativo não entregar dados completos à Polícia Federal (PF) sobre grupos neonazistas, informou o portal G1.
Com isso, foi determinado que as operadoras de telefonia, Claro, Oi, Tim e Vivo, além do Google e Apple, retirassem o aplicativo do ar. Nesta quinta-feira (27), o aplicativo já não permite que diversos usuários enviem e recebam mensagens.
O Money Times tentou realizar o download do aplicativo após a determinação. No entanto, não foi possível passar da etapa em que é solicitado o número de telefone sem a utilização de “proxy“, que se trata de um servidor intermediário entre o usuário e o que quer acessar.
Dessa maneira, no Twitter, há relatos de usuários que seguem conseguindo acessar o aplicativo, enquanto outros relatam dificuldades.
É só usa proxy ou vpn,o meu tá funcionando normal não senti diferença nenhuma
— Herderson Riker (@HerdersonRiker) April 27, 2023
o telegram foi com deus mesmo né? perdi acesso a todos meus queridos filmes e séries nos canais que dava pra assistir a qualquer hora a qualquer momento pic.twitter.com/Brs4AQyz4Q
— maria jurídico leighton murray (@blystreet) April 27, 2023
Telegram terá de pagar multa milionária
Além da suspensão do aplicativo, a Justiça ampliou a multa aplicada ao Telegram por não entregar os dados. Os valores vão de R$ 100 mil a R$ 1 milhão por dia pela recusa em fornecer os dados, informou o G1.
Aliás, não é a primeira vez que a plataforma tem problemas com as autoridades brasileiras. No início deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aplicou uma multa de R$ 1,2 milhão ao Telegram por descumprimento de uma ordem judicial. Na ocasião, o aplicativo se recusou a suspender o canal do deputado federal Nikolas Ferreira (PL).
A reportagem do Money Times entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, que não se posicionou sobre as informações publicadas pelo G1. A Justiça Federal do Espírito Santo, por sua vez, disse que o caso corre em segredo de justiça e, por ora, não pode compartilhar informações.
* Com Zeca Ferreira