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Telefônica pensa em um IPO para América Latina, afirmam fontes

13 dez 2019, 9:45 - atualizado em 13 dez 2019, 9:45
Telefonica
Os planos são preliminares, e os assessores ainda não receberam mandatos. A Telefônica também poderia seguir uma estratégia diferente, disseram as pessoas (Imagem: REUTERS/Andrea Comas)

A Telefônica avalia buscar um parceiro estratégico para sua nova unidade na América Latina ou fazer um IPO, com o objetivo de monetizar sua posição na região fora do Brasil, segundo pessoas a par do assunto.

A operadora de telecomunicações começou a conversar com possíveis assessores sobre as opções e estuda dois caminhos: buscar um investidor industrial ou vender sua participação por meio de uma oferta pública inicial ou distribuição de ações aos investidores existentes, de acordo com as pessoas, que não quiseram ser identificadas.

Potenciais parceiros incluem a AT&T, Millicom International Cellular e Liberty Latin America, disseram as pessoas.

A divisão inclui a Colômbia, Chile, México e Argentina – países por muito tempo considerados fundamentais para as perspectivas de crescimento da Telefônica. Analistas da Jefferies estimam que as subsidiárias possuem valor combinado de 10,9 bilhões de euros (US$ 12 bilhões).

Os planos são preliminares, e os assessores ainda não receberam mandatos. A Telefônica também poderia seguir uma estratégia diferente, disseram as pessoas.

Representantes da empresa, com sede em Madri, AT&T e Liberty Latin America não quiseram comentar. Um representante da Millicom disse que a empresa está focada em nas operações atuais em nove mercados latino-americanos, sem dar mais detalhes.

Mudança de estratégia

No mês passado, a Telefônica anunciou uma mudança de estratégia corporativa, com a criação de uma unidade para ativos na América Latina que não incluem o Brasil. A operadora tem dado menos ênfase à divisão – que já não é um motor de crescimento -, para se concentrar nas operações do Brasil e da Europa.

O presidente do conselho e CEO José María Alvarez-Pallete tenta despertar novamente o interesse de investidores nas ações da operadora, cujos preços caíram pela metade desde 2015 e que mostram performance inferior ao setor de telecomunicações em geral este ano.

Quando Pallete anunciou o plano para a América Latina, disse que estava aberto a todas as opções, que poderiam incluir alianças ou a venda da participação da Telefônica.

Os executivos já estudam os próximos passos para a região. Nesta semana, Pallete embarcou para a América Latina, acompanhado de Laura Abasolo, diretora financeira da Telefônica que ficará encarregada da nova unidade na região, bem como de Alfonso Gómez, que será o CEO da divisão, disseram as pessoas.

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