Vivo lucra menos no 2º trimestre afetada por pandemia, mas supera previsões
A Telefônica Brasil (VIVT3)informou nesta quarta-feira que seu lucro líquido caiu 21,6% no segundo trimestre sobre igual período de 2019, mas ainda superou expectativas conforme a melhora do resultado financeiro parcialmente compensou receitas menores em meio à pandemia do novo coronavírus, além de mais gastos com depreciação e impostos.
A subsidiária do grupo espanhol Telefónica, que no Brasil opera sob a marca Vivo, lucrou 1,113 bilhão de reais entre abril e junho, acima do consenso de estimativas compiladas pela Refinitiv de 1,008 bilhão de reais.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente somou 4,103 bilhões de reais, 3,8% inferior ano a ano, mas superior à projeção média de 4,2 bilhões de reais apurada pela Refinitiv.
A margem Ebitda subiu 0,5 ponto percentual no período, a 39,8%.
A maior operadora de telefonia móvel do Brasil teve queda de 5,1% na receita líquida trimestral, para 10,3 bilhões de reais, com o negócio fixo afetado pela redução em serviços de voz e TV por assinatura, enquanto o móvel sentiu o impacto da pandemia de Covid-19.
As vendas de smartphones despencaram quase 41% com o fechamento das lojas por medidas de isolamento social, segundo o balanço.
Já os custos operacionais diminuíram 5,9%, para 6,2 bilhões de reais, principalmente em razão dos menores gastos com as vendas de aparelho, e as despesas financeiras caíam 68,9% com a redução do endividamento em cenário de juros historicamente baixos.
Gastos com depreciação e amortização, contudo, aumentaram 5,3% no período devido ao crescimento da base de ativos com a expansão da rede de fibra.
A base total de clientes da Vivo encolheu 2,5% no segundo trimestre, para cerca de 92 milhões de usuários, com recuo de 14,6% na divisão fixa mais que ofuscando o tímido avanço de 0,9% no segmento móvel, onde a operadora atingiu participação de mercado de 33% em maio, maior nível em 14 anos.
A Telefônica Brasil investiu 1,909 bilhão de reais entre abril e junho, 19,1% menos na comparação anual, com a maior parte dos recursos direcionada à ampliação da rede de fibra e da capacidade das redes 4G e 4.5G.