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Telecom Italia sonda investidores sobre ativos, TIM tem interessados, diz Reuters

09 dez 2022, 12:23 - atualizado em 09 dez 2022, 12:23
(Imagem: REUTERS/Stefano Rellandini)

A Telecom Italia está explorando o interesse dos investidores em comprar seus ativos e recebeu manifestações também para a subsidiária brasileira TIM, disseram fontes familiarizadas com o assunto nesta sexta-feira.

De acordo com as fontes, pelo menos dois interessados manifestaram interesse na subsidiária brasileira da Telecom Italia, a TIM.

No entanto, na visão do presidente-executivo da Telecom Italia, Pietro Labriola, a venda da unidade responsável por cerca de 30% do Ebitda do grupo pode ser perigosa para a classificação de crédito da Telecom Italia, a menos que possua um prêmio de avaliação, de acordo com as fontes.

O governo da Itália disse no mês passado que buscaria identificar “as melhores opções favoráveis ao mercado” até o final do ano para a Telecom Italia, suspendendo uma oferta planejada para a rede do grupo pelo banco estatal CDP.

O plano de vários bilhões de euros, parte de um projeto mais amplo para criar uma empresa de infraestrutura de comunicações italiana unificada, foi um ponto focal da estratégia de Labriola ao prever a divisão da Telecom Italia em várias unidades para reduzir a dívida de 25 bilhões de euros do grupo.

Labriola tem conversado em particular com o fundo norte-americano KKR recentemente, disseram três fontes com conhecimento do assunto à Reuters.

A KKR, que já possui participação na rede da Telecom Italia e tentou comprar toda a empresa em uma proposta que foi rejeitada este ano, recenemtente renovou o interesse em ampliar sua participação na rede fixa da companhia, disseram as fontes.

A Telecom Italia também teve contatos com outros potenciais investidores interessados em comprar suas operações de serviços na Itália, incluindo o grupo francês de telecomunicações Iliad e a Poste Italiane, disseram as fontes.

Qualquer negócio envolvendo investidores estrangeiros e ativos da Telecom Italia estará sujeito ao aval do governo italiano, que tem o poder de bloquear uma transação.

Telecom Italia, KKR, Poste e Iliad se recusaram a comentar.