BusinessTimes

Telebras desiste de conexão via cabo submarino de fibra ótica entre Brasil e Europa

26 dez 2019, 18:36 - atualizado em 26 dez 2019, 20:40
O projeto interligaria as duas regiões com um cabo de capacidade de 40 terabytes (TB) por segundo

A Telebras (TELB3; TELB4) desistiu de participar de um projeto de uso de conexão via cabo submarino entre o Brasil e a Europa por falta de recursos, informou a empresa por meio de um fato relevante enviado ao mercado nesta quinta-feira (26).

O projeto interligaria as duas regiões com um cabo de capacidade de 40 terabytes (TB) por segundo, que iria facilitar as comunicações telefônicas e de imagens entre diferentes pontos do território brasileiro e o continente europeu.

A empresa explicou que enviou um carta à parceira Ellalink Ireland para rescindir amigavelmente o contrato anunciado em 2 de janeiro de 2019.

O motivo para a desistência está no fato de que a Telebras foi incluída no “Orçamento Fiscal e da Seguridade Social (OFSS) em 2020, com status de empresa estatal dependente, apesar de todo os esforços despendidos pela Telebras para reverter esta situação”.

Com isso, a empresa ficou impossibilitada de assumir qualquer pagamento relativo ao projeto no ano de 2020.

“A Telebras aguardará a resposta da Ellalink acerca da proposta de rescisão amigável manterá informados seus acionistas, o mercado e o público em geral acerca do fato acima relatado, em especial, na hipótese de extinção do contrato”, conclui o texto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo o Ministério da Economia, por ser uma estatal, a Telebrás corre o risco de transferir indevidamente recursos públicos para minoritários privados (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Fechamento de capital

Ministério da Economia recomendou na semana passada que a Telebrás  realize uma oferta pública de aquisição de ações (OPA), com o objetivo de comprar os papéis detidos por minoritários e fechar seu capital. O parecer foi repassado à diretoria da estatal pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações.

Segundo o Ministério da Economia, por ser uma estatal, a Telebrás corre o risco de transferir indevidamente recursos públicos para minoritários privados.

Isto porque, quando a União injeta recursos na companhia, a fim de cobrir eventuais rombos, eles se transformam em receita e, no limite, contribuem para lucros que serão distribuídos aos acionistas.