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Tchau, Bolsa: Controladores da Cielo (CIEL3) compram 736,8 milhões de ações, a R$ 5,82, e poderão fechar capital da empresa

14 ago 2024, 17:10 - atualizado em 14 ago 2024, 18:02
cielo
736.857.044 ações ordinárias da Cielo são adquiridas no leilão da OPA (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O leilão da oferta pública de aquisição (OPA) da Cielo (CIEL3) movimentou R$ 4,3 bilhões na B3 nesta quarta-feira (14). Por meio da holding EloPar, os controladores Bradesco Banco do Brasil compraram 736.857.044 ações, a R$ 5,82 cada.

A OPA tinha por objetivo a compra de 902.247.285 milhões de ações ordinárias de emissão da empresa de maquininhas de cartões para o fechamento do capital da companhia. Para isso, conforme regra da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), era necessário que os acionistas titulares de pelo menos dois terços das ações aceitassem a oferta — o que aconteceu.

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Após a oferta, a controladora da Cielo vai dar início ao processo de fechamento de capital da companhia, com a conversão de empresa classificada na categoria A para categoria B na CVM, deixando de ter autorização para emitir ações no mercado.

A data de liquidação está prevista para 16 de agosto. Considerando que a companhia atingiu o mínimo para a deslistagem, deve haver novas ofertas para comprar as ações que ainda permanecem nas mãos de minoritários.

Com isso, os bancos controladores encerram uma trajetória de 15 anos da Cielo como uma companhia de capital aberto.

Por que fechar o capital da Cielo?

Vale recordar que a empresa já foi uma “queridinha” da Bolsa, indicada por analistas como uma ação defensiva, em época que a Cielo e a Redecard, que teve o capital fechado pelo Itaú em 2012, dominavam o mercado de adquirência de cartões. No auge, em meados de 2015, CIEL3 chegou a ser negociada a R$ 31,90.

Apesar da saída de sua maior concorrente direta, novos nomes passaram a ganhar espaço no setor, como a Getnet do Santander, a Stone e PagSeguro. Com isso, a Cielo passou a perder espaço de mercado e sofrer com a concorrência.

Os rumores sobre a saída da empresa da Bolsa brasileira iniciaram em fevereiro deste ano, quando os controladores propuseram pagar R$ 5,35 por ação da empresa. No entanto, acionistas minoritários rejeitaram e uma nova avaliação dos preços foi feita.

Agora, o objetivo dos bancos controladores é integrar a Cielo aos demais negócios da EloPar, sob a qual a companhia será abrigada. Bradesco e Banco do Brasil buscam maior flexibilidade para fazer ofertas combinadas de maquininha e serviços bancários com a empresa fora da Bolsa, trantando-a mais como um produto do que como uma empresa independente.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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