Tchau, Bolsa: As empresas que deram adeus para o mercado de ações em 2023; veja os motivos
O ano de 2023 foi desafiador para os mercados. Em meio ao rombo da Americanas (AMER3) logo no início do ano e o rali de Natal, acontecimentos relevantes impactaram empresas — e algumas deram adeus a Bolsa.
Neste ano, alguns dos nomes que deixaram a bolsa foram Banco Besa, Dommo Energia, Metalgráfica Iguaçu, EDP Energias do Brasil, CEEE-G, BR Properties, JHSF Malls, Hermes Pardini e Sinqia.
Igor Cavaca, líder de gestão de investimentos da Warren, explica que uma empresa pode ter incentivos para fechar seu capital quando percebe que o mercado está subvalorizando suas ações, o que geralmente ocorre quando a direção e os controladores da empresa acreditam firmemente no potencial de seus ativos e na capacidade da empresa de gerar valor, mas o mercado de ações não reflete essa confiança de maneira adequada.
“Em momentos em que o ambiente econômico é desafiador, como foi 2023, e os ativos de risco estão enfrentando desvalorização, o preço das ações de uma empresa pode sofrer queda, mesmo que seus fundamentos subjacentes permaneçam fortes”, explica Cavaca.
Ele destaca ainda que este cenário pode ser um incentivo adicional para os controladores considerarem o fechamento do capital, especialmente se acreditarem que o mercado está subestimando significativamente o potencial de lucro e crescimento da empresa.
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2024 promete melhoras para a Bolsa?
Cavaca explica que em 2024 a mesma tendência não deve ser observada. Para ele, com controle da inflação pelas principais economias mundiais e reversão das políticas monetárias contracionistas, deve-se observar uma retomada dos ativos de risco.
“Essa retomada deve reaquecer o mercado acionário com retomada de listagem de empresas na bolsa e aumento de investimentos de risco com a redução da taxa de juros e do custo implícito de realizar investimentos”, explica.
Cavaca destaca ainda que com a mudança na direção da política monetária ao longo de 2023, que se caracterizava por medidas contracionistas, há um crescente interesse nos investimentos de maior risco em comparação aos ativos considerados mais seguros.
“No último mês, observamos rentabilidades atrativas no mercado de ações, crédito privado e setor imobiliário. Antevemos a continuação dessa atratividade para essas classes de investimento no próximo ano”, avalia em perspectivas para o próximo ano.