TBG, NTS e TAG firmam parceria para compartilhar marketplace no mercado de gás
As companhias de transporte de gás natural TBG, NTS e TAG, partes da recente onda de desinvestimentos da Petrobras (PETR4), anunciaram nesta quinta-feira uma parceria para compartilhamento do marketplace Portal de Oferta de Capacidade (POC), que possuirá gestão rotativa com o comando de uma das empresas a cada cinco anos.
O acordo entre Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia–Brasil, Nova Transportadora do Sudeste e Transportadora Associada de Gás prevê coparticipação administrativa, de desenvolvimento, manutenção e operação da plataforma digital, que também poderá ser acessada por outros agentes da cadeia.
Segundo nota divulgada pela Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto (ATGás), o POC trata-se de uma solução alinhada com a Nova Lei do Gás, que faz parte de esforços do governo federal para a abertura do mercado de gás natural do Brasil.
Com esse objetivo, além das leis e reformas regulatórias, a Petrobras também se comprometeu a vender todos os seus ativos de distribuição e transporte de gás, incluindo participações nas três transportadoras envolvidas na parceria.
A TBG será a primeira gestora do POC, cuja plataforma será adaptada e deve ser lançada ainda no segundo semestre deste ano.
“O marketplace… é uma ferramenta muito importante, que estabelece um cenário favorável à livre negociação”, disse em comunicado o diretor-presidente da TBG, Erick Portela.
“Nesse ambiente digital, os vários agentes de mercado podem estabelecer parcerias, a exemplo do que está sendo feito pelas transportadoras, visando novos tipos de negócio por meio da inovação”, acrescentou ele.
O diretor-presidente da TAG, Gustavo Labanca, destacou que o marketplace contribuirá para o processo de integração das áreas de mercado, algo que ele vê como fundamental para dar maior liquidez às transações comerciais e desenvolver a cadeia de gás natural do Brasil.
Labanca acredita que a plataforma permitirá que os processos de Chamada Pública e a oferta de contratos de serviço extraordiário sejam conduzidos de forma mais dinâmica –termo também utilizado pelo presidente da NTS, Wong Loon.
“Entendemos que esta unificação tornará todo o processo de compra de capacidade mais dinâmico”, disse Wong, que prevê chamadas coordenadas “mais simplificadas, com o mesmo carregador adquirindo capacidade de entrada e saída de empresas diferentes.”