Taxas de staking têm impacto sobre o preço de um token?
“Staking” tem sido um tema bem discutido nos últimos anos.
Os grandes lançamentos da Cosmos e Tezos, o surgimento dos serviços de staking e o ruído produzido pela tão aguardada atualização da rede Ethereum (ETH 2.0) ajudaram a sinalizar a narrativa de que “proof-of-stake” (PoS) pode ser a próxima evolução dos mecanismos de consenso.
Alguns investidores acreditam nessa narrativa e não apenas apostaram em redes específicas, como também fizeram o staking de seus ativos em busca de recompensas por inflação (um conceito interpretado de forma errônea).
Já que incentivos de staking e casos de uso de tokens variam entre protocolos, o número total de tokens em staking (retidos) em uma rede também pode variar. Mas será que a porcentagem de tokens em staking pode ter um impacto no preço?
A análise da Messari mostra que a correlação entre a porcentagem do fornecimento líquido de staking e o rendimento anual de preço é bem fraca.
Apesar da falta de uma tendência definitiva, todos os protocolos de staking que possuem menos de 40% de seu fornecimento líquido de staking sofreram queda de preço este ano. Por outro lado, as duas redes com as maiores taxas de staking passaram pelas quedas anuais mais drásticas.
Essas observações são, no máximo, anedóticas. Movimentações de preço são bem mais relacionadas a anúncios de projetos específicos e o direcionamento geral do mercado (que claramente teve um declínio por conta do tumulto do mês passado).
Dash, por exemplo, anunciou que deseja aumentar a utilidade de sua rede com o futuro lançamento de contratos de dados “on-chain” (no próprio blockchain).
Em comparação, Cosmos lidou com alguns problemas internos: Tendermint Inc., uma das principais colaboradoras do projeto, decidiu mudar o foco e optou por “seguir um caminho separado” com algumas equipes de desenvolvimento.