Trabalho

Taxa de desemprego recua a 9,1% no trimestre encerrado em julho, diz IBGE

31 ago 2022, 9:17 - atualizado em 31 ago 2022, 9:17
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No trimestre até julho, o país tinha 9,9 milhões de desempregados. (Imagem: Reprodução/Governo do Estado do Paraná)

A taxa de desemprego no país ficou em 9,1% no trimestre encerrado em julho de 2022. O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior (encerrado em abril, de 10,5%) e também abaixo do resultado de julho de 2021 (13,7%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre até julho, o país tinha 9,9 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. É o menor nível desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016, recuando 12,9% (menos 1,5 milhão de pessoas) no trimestre e 31,4% (menos 4,5 milhões) no ano.

Trabalhadores

Entre maio e julho, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 98,7 milhões de pessoas, o maior já registrado na série da pesquisa, iniciada em 2012. Isso representa um avanço de 2,2% em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em abril (mais 2,2 milhão de pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre do ano anterior, subiu 8,8% (8 milhões de pessoas).

Já a força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 108,5 milhões no trimestre até julho de 2022, 0,6% a mais do que no trimestre imediatamente anterior (mais 687 mil pessoas), e 3,3% acima de igual período do ano anterior (mais 3,5 milhões de pessoas). O montante também é recorde para a série da pesquisa.

A renda média dos trabalhadores ficou em R$ 2.693 no período, uma variação de 2,9% frente ao trimestre anterior e uma queda de 2,9% frente a um ano antes.

Mão de obra desperdiçada

O país tinha 24,3 milhões de trabalhadores subutilizados no trimestre encerrado em julho de 2022, segundo a Pnad Contínua. Os dados mostram que houve queda de 6,9% (menos 1,8 milhão de subutilizados) frente ao trimestre móvel anterior e retração de 24% (menos 7,7 milhões de pessoas) em relação a igual trimestre de 2021.

O contingente de trabalhadores subutilizados, também chamada de “mão de obra desperdiçada”, compreende desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e os trabalhadores que não buscam emprego, mas gostariam de trabalhar. O indicador é um bom termômetro do mercado de trabalho, por englobar a subocupação e a desistência da procura por trabalho.

O contingente correspondia a 20,9% da força de trabalho ampliada do país (que soma a força de trabalho com a força de trabalho potencial), a chamada taxa de subutilização, no trimestre encerrado em julho. É a menor taxa para o trimestre desde 2016.

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