Taurus (TASA4): Lucro tomba 50% no 2T23; empresa vê impactos na medida de Lula
A Taurus (TASA4) lucrou R$ 49 milhões no 2º trimestre de 2023, queda de 51% sobre o mesmo período do ano anterior.
A receita da companhia caiu 24%, chegando a R$ 470 milhões no período. O Ebtida ficou em R$ 81,9 milhões, queda de 60% em relação ao mesmo trimestre de 2022. A margem Ebtida foi de 17,4%, queda de 15,5 p. p.
O volume de vendas da companhia também caiu, com 337 mil armas vendidas no período, 31% a menos que no 2TRI22. No Brasil, as vendas seguiram num patamar baixo, com 26 mil armas vendidas no país, 1/4 do que foi vendido no mesmo período do ano anterior.
A companhia atribuiu o fato à insegurança jurídica “paralisou o mercado”, referindo-se ao decreto de Lula de 1º de janeiro, que revogou a legislação anterior e determinou a criação de novas regras. A Taurus afirma que isso afetou diretamente a margem bruta da companhia.
“Enfrentamos um momento adverso no mercado doméstico no decorrer do 1S23″, afirmou o CEO Salesio Nuhs no balanço. “Como consequência, a redução da margem bruta que tivemos no período está em parte relacionada à falta de vendas pela insegurança jurídica”, completou.
No entanto, o CEO afirmou que “o canal de distribuição nacional começou o segundo semestre do ano totalmente desabastecido” por conta das questões legais. Segundo ele, isso “representa uma oportunidade para atender essa demanda nos próximos meses”.
Restrições ativas no 2TRI23
No período apresentado, que inclui os meses de abril, maio e junho, as vendas da empresa em território nacional ainda estavam sob demanda reprimida, com a restrição das emissões de novos CRs (Certificados de Registro), impossibilitando a criação de novos CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores). Esse público atualmente é um dos principais mercados para a empresa no país.
Sem a liberação das regras, que foram finalmente divulgadas no final de julho através de um decreto, apenas quem já era CAC e tinha menos de 3 armas pode realizar compras dos produtos Taurus (TASA4), o que corroborou para o resultado negativo em relação às vendas internas no 2º trimestre.
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