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Taurus (TASA4): 104 mil pessoas estão em processo para virar CAC, diz Exército

18 jan 2024, 11:40 - atualizado em 18 jan 2024, 11:40
Loja da Taurus em Brasília, com mostra de pistolas
Fabricante gaúcha tem armas a preços competitivos no mercado e um novo calibre para ser lançado (imagem: reprodução/@amttdf)

O setor de armas, incluindo a Taurus (TASA4), deve receber uma grande demanda em breve, com 104 mil pessoas na fila do sistema interno do Exército para se tornar um CAC (Caçador, Atirador e Colecionador).

O número foi passado pela força armada ao Money Times nesta quarta-feira (17). Com a publicação da portaria nº 166, que regulamenta o novo decreto de armas do governo Lula, a emissão de CRs (Certificados de Registros) para CACs voltou.

Nesse meio tempo, o Exército devolveu os processos a todos as pessoas que pleiteavam o CR, solicitando os novos documentos exigidos de acordo com as novas regras.

Logo, o deferimento dessas autorizações para os novos CACs começa a ocorrer agora, liberando dezenas de milhares de novos atiradores esportivos no mercado, aos poucos. O setor do Exército responsável pela análise dos CACs tem 2.200 pessoas para atender a todos esses processos, além de outros que podem ser solicitados pelos quase 900 mil CACs ativos.

No total, há 140 mil processos em andamento no SisGCorp (Sistema de Gestão Corporativo do Exército), usado por entidades do setor, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, para solicitações de autorizações de compra de armas, emissão de CRs (Certificados de Registro), entre outros.

Os 36 mil processos restantes “estão relacionados à autorização de aquisição de Produto Controlado pelo Exército, renovação de CR e apostilamentos ao CR”, segundo o EB.

Taurus pode se beneficiar de boa parte da fatia

A fabricante gaúcha pode aproveitar boa parte dessa fila, por dois motivos principais: preços competitivos e exclusividade no calibre mais forte permitido.

No caso, a Taurus tem pistolas a um preço médio competitivo no mercado de armas, preenchido principalmente pela empresa, que hoje concorre majoritariamente com players estrangeiros. Essas empresas de fora usualmente têm produtos mais caros no mercado.

Se 50% desses novos CACs (52 mil) comprarem armas da empresa a um preço médio de R$ 5.000, já são R$ 260 milhões em faturamento.

Além disso, a empresa desenvolveu um novo calibre, .38 TPC (Taurus Pistol Caliber), que será o mais forte do mercado entre os permitidos, podendo atrair grande demanda.



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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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