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Taurus opera em queda com nova política de exportação e importação do setor

13 dez 2018, 14:08 - atualizado em 13 dez 2018, 14:32

Taurus

Por Investing.com – Na tarde desta quinta-feira na bolsa paulista, as ações da Forjas Taurus (FJTA3; FJTA4) são negociadas com desvalorização, com o mercado reagindo a notícia de que o governo federal publicou decreto instituindo a Política Nacional de Exportação e Importação de Produtos de Defesa (Pnei-Prode).

O decreto tem como objetivo realizar o controle das exportações e importações desse tipo de produto, fomentando as exportações com base no desenvolvimento da Base Industrial de Defesa (BID) e a prevenção e a eliminação do tráfico ilícito de armas convencionais, além da prevenção do seu desvio.

O texto ainda determina diretrizes para a importação e exportação de armas, além das competências específicas para cada órgão do governo, como o Ministério da Defesa e o Ministério das Relações Exteriores.

As ações da Taurus ganharam destaque durante o período eleitoral com a ascensão da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) impulsionado ganhos estratosférico para as ações, saindo de R$ 2,07 no começo de agosto para R$ 11,00 na última sessão antes do segundo turno das eleições.

Durante todo o período eleitoral, a Suno Research chamou a atenção para a conjuntura em relação às ações da Forjas Taurus. As ações preferenciais da companhia apresentam uma alta de mais de 340%. Para a equipe de analistas alertaram para o fluxo especulativo.

Mais de uma vez a casa de análises sugeriu “humildemente a assinantes e aqueles que acompanham nossos materiais gratuitos que não participem desse fluxo especulativo que se mostra totalmente infundamentado, dada a atual situação operacional da companhia”.

Os analistas destacavam que a companhia possui uma dívida absurdamente alta e crescente, que leva a um patrimônio líquido negativo, prejuízos também expressivos e recorrentes, além de processos judiciais por conta de disparos automáticos de muitas de suas armas em utilização, resultando em mortes.

Todos esses fatores somados fazem com que a Suno reforçasse a recomendação de não participação por tempo indeterminado da Forjas Taurus, tanto em função de uma associação de longo prazo, quanto para uma especulação momentânea, dado que era simplesmente impossível se saber qual seria o topo da euforia dos especuladores envolvidos na situação das ações da empresa.

Para a equipe, era certo que em algum momento o mercado corrigiria essa incoerência de fundamentos e, aqueles que se envolvessem no case por empolgação visando o lucro de curto prazo, certamente teriam uma surpresa desagradável quando isso acontecesse.

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