Taurus cai 20% após assinatura decreto da posse de armas
Por Investing.com – Depois de chegarem a subir quase 10% no começo da manhã, as ações preferenciais da Forjas Taurus (FJTA4) inverteram a tendência e terminaram em queda de 22,29% a R$ 6,45, após o presidente Jair Bolsonaro assinar o decreto sobre posse de armas no começo da tarde desta terça-feira. Os papéis ordinários (FJTA3) cederam 21,35%, a R$ 7.
Vídeo: Bolsonaro assina decreto das armas
O decreto que flexibiliza a posse de armas autoriza a aquisição de até quatro armas de fogo de uso permitido dentro dos parâmetros estabelecidos pelo documento, de acordo com uma cópia do decreto divulgada logo após a assinatura.
Apesar do limite de quatro armas, o texto acrescenta que não fica excluída “a caracterização da efetiva necessidade se presentes outros fatos e circunstâncias que a justifiquem, inclusive para a aquisição de armas de fogo de uso permitido em quantidade superior a esse limite, conforme legislação vigente”.
O decreto determina ainda que os requisitos para posse de arma de fogo sejam justificados a cada 10 anos junto às autoridades relevantes, e estabelece que em casas com criança, adolescente ou pessoa com deficiência mental, a residência deve ter cofre ou local seguro para armazenamento.
Ao assinar o decreto, Bolsonaro cumpre uma de suas principais promessas de campanha.
Desempenho em 2018
No ano passado, as preferenciais saltaram 88,37 por cento e as ordinárias dispararam 146,91 por cento, em grande parte apoiadas em sinalizações de Bolsonaro, no sentido de ampliação de investimentos em segurança pública e liberalização nas regras para concessão de posse de armas.
A companhia também divulgou na semana passada que seu conselho de administração aprovou acordo preliminar com autoridades norte-americanas para encerrar processo nos Estados Unidos relacionado a seus produtos.
A Taurus, que afirma ser uma das maiores fabricantes de armas leves do mundo, encerrou os nove meses até setembro de 2018 com receita líquida 623,5 milhões de reais, mas prejuízo consolidado de 44,6 milhões de reais.
As vendas líquidas de armas nos 9 primeiros meses do ano passado totalizaram 613,6 milhões de reais, alta de 17,4 por cento em relação ao mesmo período de 2017, com as vendas nos mercados interno e externo registrando aumentos de 73 e 10,4 por cento, respectivamente, segundo o balanço da empresa.