Economia

Tarifas de Trump sobre aço e alumínio do Brasil começam a valer nesta quarta-feira (12)

12 mar 2025, 7:00 - atualizado em 12 mar 2025, 8:14
Fábrica de alumínio em Pindamonhangaba, SP aço eua brasil
Em torno de um quarto do aço usado nos EUA é importado e dados do governo americano mostram que o Brasil é o seu segundo maior fornecedor. (REUTERS/ Paulo Whitaker)

Nesta quarta-feira (12), começam a valer a taxação de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio feitas pelos Estados Unidos. A medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump no mês passado e deve impactar o Brasil.

Em torno de um quarto do aço usado nos EUA é importado e dados do governo americano mostram que o Brasil é o segundo maior fornecedor em volume para o mercado norte-americano.

Entre novembro de 2023 e novembro de 2024, foram comercializadas 3,98 milhões de toneladas (16,3% do consumido no país). O produto brasileiro só fica atrás do Canadá, que fornece 22,6% do aço importado (5,48 milhões).

Considerando os valores, o Brasil assume o terceiro lugar, com US$ 2,91 bilhões das importações, atrás do Canadá (US$ 6,64 bilhões) e México (US$ 3,20 bilhões).

No caso do alumínio, o maior comprador do Brasil é o Japão, sendo que os EUA ficam em segundo lugar. O Canadá também é o maior fornecedor dos norte-americanos neste caso.

Em 2018, durante o seu primeiro mandato, o presidente dos EUA chegou a impor tarifas de 25% sobre importação de aço e 10%. Na época, a justificativa era a segurança nacional, mas o Brasil conseguiu negociar um sistema de cotas que permitiu continuar exportando sem a aplicação das taxas, mas com restrições de volume.

Na semana passada, Trump chegou a dizer que vai modificar as tarifas sobre aço e alumínio, mas não deu mais sobre quais seriam as alterações. Ontem, o republicano anunciou uma tarifa adicional de 25% sobre todo o aço e alumínio vindos do Canadá, elevando a tarifa total sobre esses produtos para 50%, mas voltou atrás horas depois.

Segundo o governo americano, a nova taxa de 25% é para “todos os parceiros comerciais, sem exceções ou isenções”.

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Brasil não é problema para os EUA, diz Alckmin

Recentemente, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil “não é um problema” para os Estados Unidos e que o país buscar uma boa relação comercial.

Segundo Alckmin, os EUA exportam mais para o Brasil do que importam, diferentemente do que acontece com outros países do mundo. Representantes dos dois países estão organizando um grupo de trabalho para “cooperação econômica”.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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