Taliban reforça controle sobre norte do Afeganistão e moradores são forçados a se esconder

Os combatentes do Taliban reforçaram nesta terça-feira o controle sobre o território capturado no norte do Afeganistão, enquanto moradores se escondiam dentro de suas casas por ordem do grupo.

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, pediu que os líderes da região apoiem seu governo após uma série de avanços do Taliban e, como os Estados Unidos disseram, cabia às forças de Ghani se defenderem.

Na cidade de Aibak, capital da província de Samangan, na estrada principal entre Mazar-i-Sharif e a capital nacional, Cabul, os combatentes do Taliban estão consolidando seu domínio, ocupando prédios do governo, disseram moradores.

A maioria dos membros das forças de segurança do governo parece ter se retirado, disseram os moradores, enquanto se mantinham fora das ruas.

“A única maneira é a prisão domiciliar autoimposta ou encontrar uma maneira de ir para Cabul”, disse Sher Mohamed Abbas, um agente tributária provincial, quando questionado sobre as condições de vida na cidade.

“Mas mesmo Cabul não é mais uma opção segura”, disse Abbas, pai de quatro filhos e único com trabalho em uma família de nove pessoas.

Abbas disse que o Taliban chegou ao seu escritório e disse aos trabalhadores para irem para casa. Ele e outros moradores disseram não ter visto nem ouvido combates nesta terça-feira.

Leia também

Mercados

Ibovespa sobe mais de 1% com empurrão de Petrobras (PETR4) e fecha semana com saldo positivo; dólar avança a R$ 5,81

Empresas

Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) saltam com investida da Petrobras (PETR3; PETR4)

O Taliban, que luta para derrotar o governo apoiado pelos EUA e reimpor a rígida lei islâmica, invadiu Aibak na segunda-feira, encontrando pouca resistência.

O Taliban e autoridades do governo confirmaram que os islâmicos invadiram seis capitais de províncias nos últimos dias no norte, oeste e sul.

Gulam Bahauddin Jailani, chefe da autoridade nacional de desastres, disse à Reuters que combates estavam acontecendo em 25 das 34 províncias e 60.000 famílias foram deslocadas nos últimos dois meses, com a maioria buscando refúgio em Cabul.