Taiwan e China devem fazer “todo o possível” para evitar guerra, diz ex-presidente taiwanês
Taiwan e China devem fazer todo o possível para evitar a guerra e é responsabilidade dos líderes de ambos os lados garantir a paz, disse o ex-presidente taiwanês Ma Ying-jeou a uma autoridade chinesa nesta quinta-feira.
Ma chegou à China na segunda-feira, na primeira visita de um atual ou ex-presidente de Taiwan ao país desde que o governo derrotado da República da China fugiu para a Ilha Formosa em 1949, depois de perder uma guerra civil para os comunistas de Mao Zedong.
Ao se encontrar com Song Tao, chefe do Escritório de Assuntos de Taiwan da China, na cidade de Wuhan, no centro do país, Ma disse que manter o desenvolvimento pacífico e estável das relações é a “visão geral da sociedade taiwanesa”.
É responsabilidade comum das autoridades de ambos os lados do Estreito de Taiwan lutar por todas as oportunidades que conduzam ao aumento da paz, disse Ma, de acordo com uma transcrição de seus comentários fornecida por seu escritório em Taipé.
“Os dois lados devem manter intercâmbios, cooperar juntos e fazer todo o possível para evitar guerras e conflitos.”
A China ainda não forneceu sua leitura da reunião.
Ma está visitando a China em um momento de grande tensão entre Taipé e Pequim, enquanto a China aumenta a pressão militar e diplomática para tentar forçar a ilha governada democraticamente a aceitar a soberania chinesa.
O ex-presidente, que esteve no cargo de 2008 a 2016, se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping, em Cingapura no final de 2015, pouco antes de a atual líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, ser eleita.
O Partido Democrático Progressista, que governa Taiwan, criticou a viagem de Ma, dizendo que ele deveria aproveitar a oportunidade para pedir que Xi interrompa o assédio militar quase diário da China à ilha.
O principal partido de oposição de Taiwan, o Kuomintang, do qual Ma é membro sênior, diz que é vital dialogar com a China para tentar diminuir as tensões.