O Special Purpose Acquisition Company, inglês para Companhia com Propósito Especial de Aquisição, ou, simplesmente, SPAC, é uma empresa de aquisição que levanta dinheiro por meio de uma oferta pública inicial para adquirir um negócio e então tornar uma companhia de capital aberto.

Os IPOs do “cheque em branco” existem há quase 20 anos e, nos últimos anos, têm se popularizado entre gestores que buscam captar recursos na bolsa para investir em empresas de alto risco. Até maio de 2021, os SPACs arrecadaram US$ 101 bilhões, valor que já ultrapassa o total levantado em 2020, equivalente a US$ 83 bi.

Até agora, esta operação acontece nas bolsas de valores norte-americanas. Porém, este tipo de oferta começa a prestar atenção nas startups brasileiras, já sendo discutida na mesa dos reguladores brasileiros.

Como funciona o SPAC IPO?

Diferente dos clássicos IPOs, nos SPACs, os investidores apostam na capacidade dos gestores de encontrar boas oportunidades de negócios. Primeiro, quando recebem os recursos financeiros, eles listam uma empresa sem ativos na bolsa e, só depois, procuram candidatos para aquisição. Ao final, a companhia selecionada ocupa o posto de empresa de capital aberto.

A particularidade deste modelo é que o investimento, levantamento de capital, é feito antes mesmo da companhia que virá a ser listada na bolsa de valores seja definida.

Por que o SPAC é chamado de IPO do “cheque em branco”?

Os SPACs receberam o apelido de IPO do “cheque em branco” por conta da confiança que os acionistas depositam nos gestores das empresas. Isso porque no momento do investimento as companhias não operam, não tem produto, vendas ou resultados.

O mercado dos SPACs funciona na base da credibilidade da gestora. Esta confiabilidade é a responsável por fazer com que o investidor contribua com o “cheque em branco”.

Benefícios dos SPACs

Para o investidor que investe nessas empresas que ainda não operam, o benefício é garantir espaço em uma aposta com elevado potencial de valorização.

Já para as próprias empresas, a vantagem surge no fato do SPAC ser uma forma mais rápida e com menos procedimentos regulatórios do que os tradicionais IPOs de acessar o mercado de capitais.

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