O PIX é uma nova forma de pagamentos que permite com que você realize transferências bancárias instantaneamente, demorando até 10 segundos para serem efetivadas.

É um serviço majoritariamente gratuito—não há necessidade de pagar uma taxa de transferência como no caso dos TEDs e DOCs—e funciona 7 dias da semana, 24 horas por dia.

Quais mudanças ocorreram depois do PIX?

A principal mudança que o PIX trouxe foi a instantaneidade das transações. Não é mais necessário se atentar ao horário, ou ter que esperar, por vezes, finais de semana inteiros para receber o pagamento, como no caso de um TED ou DOC.

Além disso, o PIX elimina os moderadores que existiam em transações, como o banco, a maquininha. Assim, o dinheiro vai direto da conta de origem até a conta destino em segundos. Na prática, isso elimina aquela preocupação de qual banco e qual bandeira do cartão da pessoa que paga e que recebe o pagamento.

A diferença entre PIX, TED e DOC

As três maneiras de fazer transferência tem algumas diferenças entre si. Tanto no TED (Transferência Eletrônica Disponível) quanto no DOC (Documento de Ordem de Crédito), no internet banking é necessário informar CPF/CNPJ da pessoa que irá receber o dinheiro, dados da agência e conta bancária, tipo de conta e, claro, valor transferido.

No caso do PIX, não é mais necessário todos esses dados. Basta ter a chave do recebedor ou um QR Code que ele gera automaticamente.

No TED, as transferências caem no mesmo dia se forem feitas em dias úteis e até às 17h. No DOC, elas só caem no dia seguinte. No Pix, a transação é automática, caindo em até 10 segundos.

É importante ressaltar que, no TED e DOC, caso as transferências sejam realizadas em feriados nacionais ou finais de semana, o dinheiro pode demorar dias para cair.

Em relação a valores, o DOC possui um limite de R$4999,99, ao contrário do TED, que não possui nenhum limite de valores. O PIX, por sua vez, seguirá os limites de TED e de cartão de débito de cada instituição.

Por fim, as taxas de transferência: para cada instituição há um valor cobrado por fazer transferências via TED e DOC. Já no PIX, independente se a transação será feita para instituições iguais ou diferentes, para pessoa física não há nenhuma taxa, com ressalvas em casos específicos.

Como o PIX funciona?

Tanto a pessoa que paga quanto a que recebe precisa ter uma conta em algum banco, instituição de pagamento ou fintech; a conta pode ser corrente, poupança, salário ou conta de pagamento pré-paga.

Além das transferências de uma pessoa para outra, é possível fazer transações PIX entre pessoas e estabelecimentos, entre estabelecimentos, e para entes governamentais, na forma de impostos e taxas, por exemplo.

Vale ressaltar que o PIX é considerado um serviço majoritariamente gratuito porque, em alguns casos, há uma taxa de pagamento para pessoas físicas (fazer o Pix no meio físico ao invés do digital é uma dessas situações, por exemplo), e pessoas jurídicas, dependendo da instituição.

Dito isso, para poder ativar esse serviço, não é preciso pagar nada ou baixar nenhum aplicativo. A sua instituição já deve oferecer essa opção de pagamento. É só acessar sua conta, por meio do internet banking ou aplicativo, que a opção de utilizar o pagamento e de cadastrar uma chave já devem aparecer para você.

O que são as chaves PIX?

As chaves PIX nada mais são do que uma forma de identificação dentro desse universo PIX. É como se fosse um apelido da sua conta, como chamou o Banco Central. O cadastro delas não é obrigatório, mas facilita muito a experiência do serviço.

Você pode cadastrar 4 tipos de chaves: o CPF/CNPJ, seu celular, e-mail ou um número alfanumérico gerado pelo sistema. Você não precisa cadastrar apenas uma: cada pessoa física tem direito a 5 chaves cadastradas por conta, e pessoas jurídicas podem ter até 20.

Vale dizer que você só pode cadastrar a chave em uma instituição; se cadastrou o CPF em uma conta, é necessário fazer a portabilidade de chaves para mudar o vínculo.

Depois de ter feito o cadastro da chave por meio do aplicativo de sua instituição, ela pega os dados e envia para o Banco Central, que cria sua identificação PIX. A instituição, então, serve como mediador entre você e o BC, e o sistema já vai reconhecer você como dono da conta.

Como fazer transações no PIX?

Caso você não queira fazer o cadastro de chaves, ainda é possível fazer a transferência com as informações da pessoa que receberá o pagamento— como no caso do TED e DOC— e por meio do QR Code PIX.

O QR Code PIX só precisa ser apresentado para a pessoa que fará a transferência; ele pode ser lido de qualquer smartphone. Existem dois tipos: o QRCode estático e o dinâmico, que, de acordo com o BC, são usados para situações diferentes.

O primeiro pode ser usado em várias transações, e permite que quem faz o pagamento defina o valor. O segundo já é mais adequado para o pagamento de compras, pois informações adicionais sobre a transação podem ser incluídas.

Ainda é possível gerar um QR Code para compartilhar sua chave PIX.

Qual o valor máximo que posso transferir pelo Pix?

Em março de 2021, o Banco Central aumentou o limite de valor do Pix, equivalendo o valor ao do TED. Essa decisão já estava prevista na instrução normativa, permitindo que os usuários pudessem transferir esses valores cada vez mais altos conforme o sistema amadurece. O limite anterior era 50% do valor do TED.

Claro, cada instituição tem um limite para TED diferente, então os valores serão diferentes de acordo com as diretrizes estabelecidas.

Essa regra é válida para transações feitas das 20h às 6h. Para aquelas que forem feitas entre esses horários, ou seja, de noite e de madrugada, o limite deve ser equivalente àquele estabelecido pela instituição para pagamentos via cartão de débito.

Vale lembrar que esse limite é só de valor, ok? Não existe limite para as transações em si. Você pode realizar quantas forem necessárias no dia.

Os riscos do PIX: como se prevenir de fraudes

O PIX é um sistema seguro. Ele possui vários mecanismos para evitar clonagem, roubos e fraudes, que são as mesmas medidas que já são implementadas no caso de TED e DOC, como autenticação e criptografia.

Infelizmente, ainda há a possibilidade de cair em golpes que existem por aí, como a clonagem e falsa conta no Whatsapp, falso funcionário do banco e até um problema com o PIX.

Por essa razão, é aconselhado nunca passar dados pessoais sem ser por meio de canais oficiais do seu banco, até para terceiros, e desconfiar dos links que recebe. Sempre suspeite das notícias que circulam por meio de redes sociais e mensagens, conferindo sempre a procedência delas.

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