Paulo Guedes é PhD em economia pela Universidade de Chicago, ocupou o cargo de ministro da Economia no Brasil e é um dos fundadores do Banco Pactual, além de diversas empresas e fundos de investimento.
Reconhecido como um dos economistas mais renomados do Brasil, a carreira de Paulo Guedes destacou-se especialmente pela fundação e liderança na BR Investimentos, integrante da Bozano Investimentos, e pela participação na equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro.
Guedes ganhou destaque no mercado devido às suas visões liberais em economia, buscando melhorar o grau de investimentos do país.
Trajetória de Paulo Guedes
Sua trajetória é multifacetada, marcada por realizações tanto no setor público quanto no privado.
Como Ministro da Economia, procurou reformas e melhorias na estrutura econômica nacional, promovendo crenças liberais para impulsionar o desenvolvimento econômico do Brasil.
A habilidade em analisar a economia brasileira, aliada ao profundo conhecimento dos mecanismos de mercado, possibilitou que Guedes deixasse uma marca significativa no setor financeiro.
Carreira de Paulo Guedes no mercado financeiro
No mercado financeiro, a atuação de Paulo Guedes foi dinâmica, destacando-se como um dos fundadores do Banco Pactual e de diversos fundos de investimento.
Além disso, ocupou cargos importantes em empresas de destaque, como a PDG Realty, Localiza (RENT3) e Anima Educação (ANIM3), contribuindo significativamente para o crescimento e fortalecimento dessas empresas no mercado.
Fundação do Banco Pactual
Um momento crucial na trajetória de Guedes foi a fundação do BTG Pactual em 1983, um banco de investimentos que se tornou um dos principais protagonistas nos mercados financeiros do Brasil e da América Latina.
O banco foi fundado com a participação de André Jacurski e Luiz Cezar Fernandes, começando como uma pequena corretora de valores e se expandindo para se tornar um banco de investimentos.
Em 2008, o BTG Pactual foi adquirido pela UBS, um banco suíço, porém em 2009 os sócios decidiram reverter a venda devido à crise financeira global que afetou severamente o UBS. Essa experiência demonstrou a habilidade de Guedes para enfrentar crises e tomar decisões estratégicas essenciais para o futuro do banco.
Diretor técnico do IBMEC
Além de sua atuação como fundador estrategista-chefe no Banco Pactual, Guedes também foi diretor técnico do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC), nas décadas de 1980 e 1990.
Saída do IBMEC e Pactual
No final dos anos 90, Guedes optou por adquirir o IBMEC, que estava passando por uma transformação visando equilibrar o crescimento da educação executiva e da faculdade com a redução de sua área de pesquisa, um modelo inadequado para uma instituição sem fins lucrativos.
Para alcançar esse objetivo, Guedes conseguiu aprovar a divisão do IBMEC em suas áreas distintas, mantendo a marca reconhecida. Ele associou-se a Cláudio Haddad, ex-diretor do Banco Central e do Banco Garantia, e juntos investiram R$ 2,9 milhões para adquirir a escola do IBMEC.
No entanto, divergências entre os sócios quanto ao futuro do instituto levaram Guedes a sair da sociedade em 2003, recebendo R$ 30 milhões pela venda de sua participação. Com sua saída, o IBMEC dividiu-se em unidades no Rio e em Belo Horizonte, posteriormente adquiridas pelo grupo DeVry por R$ 700 milhões em 2015, quanto a unidade de São Paulo foi rebatizada como Insper.
Por outro lado, a saída de Guedes do Pactual foi mais tumultuada. Durante sua gestão, ele acumulou uma fortuna estimada em US$ 150 milhões, mas optou por se desvincular devido a discordâncias quanto à direção que o banco estava seguindo.
Ao lado de André Jacurski, fundou a JGP Asset Management, uma das primeiras gestoras independentes do Brasil.
Com a saída de Guedes e Jacurski, Luiz Cezar cedeu o controle do Pactual, abrindo caminho para uma nova geração de sócios liderada por André Esteves, Eduardo Plass, Gilberto Sayão, Luiz Cláudio Garcia e Marcelo Serfaty.
Após ser vendido e recomprado do UBS, o banco se transformou em BTG Pactual, um dos principais bancos de investimento do Brasil.
Participação na política brasileira
Paulo Guedes ingressou no cenário político brasileiro como um dos principais assessores econômicos do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2018. Sua perspectiva liberal o destacou como uma figura central na expectativa de aprimoramento do ambiente de negócios no Brasil.
Assumiu o cargo de Ministro da Economia em 2018, com a eleição de Bolsonaro, permanecendo até o final da gestão, em dezembro de 2022. Durante seu mandato, empenhou-se em promover reformas fiscais, incluindo a tributária, visando a melhoria do cenário econômico e a atração de investimentos para o país.
Entretanto, a atuação de Paulo Guedes no governo não esteve isenta de controvérsias dentro da equipe econômica, como sua defesa pela política de preços da Petrobras baseada na paridade de preços internacionais (PPI), enquanto Bolsonaro defende o controle dos preços internos dos combustíveis.