O Ibovespa Futuro é um contrato que possibilita a negociação de expectativas futuras do mercado de ações.
Por meio deste tipo de investimento é possível replicar o comportamento do índice, mas sem realizar a compra de toda a cesta de ações que compõem o IBOV e ficar exposto à variação do indicador.
Na prática, investir no Ibovespa Futuro é fazer uma aposta na valorização ou desvalorização do Ibovespa, tanto na posição de comprador quanto na de vendedor.
O índice Bovespa é calculado em pontos e para fazer as apostas no contrato futuro é necessário ter em mente qual será a pontuação do principal índice de referência do mercado em uma determinada data futura.
Portanto, além de considerar se o ativo escolhido tem potencial de alta, o comprador precisa ter em mente que a expectativa de pontos precisa ocorrer até determinada data de vencimento.
Os contratos futuros são ativos negociados em um ambiente pouco conhecido da Bolsa de Valores: o Mercado Futuro.
Fiscalizado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o Mercado BM&F, ou Bolsa de Mercadorias e Futuros, registra e negocia operações financeiras.
O Ibovespa Futuro pode ser utilizado de duas principais formas: como proteção ou especulação.
O investimento é uma boa maneira de criar uma proteção contra a instabilidade do mercado de capital, utilizando o fator de correlação das ações para reduzir a volatilidade da carteira. Já no sentido especulativo, a ideia é prever as movimentações do índice para lucrar com o contrato.
Por meio de uma única operação, o investidor ainda tem a possibilidade de manter posições líquidas sem precisar negociar ações individuais.
Mas vale ressaltar que o Ibovespa Futuro é classificado como renda variável. Por ser atrelado à variação do Ibovespa, ele é bastante volátil e de alto risco. Por isso, este investimento é indicado para o investidor de perfil arrojado.
Índice Bovespa x Ibovespa Futuro
Por mais que tenham nomes similares, o Ibovespa (IBOV) e o Ibovespa Futuro não são a mesma coisa.
O Ibovespa em si é o índice de referência de ações mais importante do Brasil. Ele é responsável por indicar o desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade no Mercado Bovespa.
O IBOV tornou-se referência para rentabilidade de fundos de ações e para o desempenho da Bolsa.
Derivado do índice Bovespa, surgiu o Ibovespa Futuro. Este contrato derivativo é um ativo real que negocia expectativas futuras do mercado de ações.
O que relaciona os dois conceitos é o fato do Ibovespa Futuro ter seus ganhos e perdas atrelados ao índice IBOV.
Contratos do Ibovespa Futuro
Os contratos do Ibovespa Futuro são divididos em dois: o IND e o WIN.
O primeiro, o IND, também conhecido como INDFUT, é o contrato padrão, ou índice cheio, do Ibovespa Futuro.
Nessa modalidade de contrato, cada um dos pontos do Ibovespa Futuro vale R$ 1,00. Além disso, o lote mínimo padrão é de 5 contratos.
Ou seja, se o índice estiver em 100.000 pontos, o contrato cheio tem o valor de R$ 100.00,00.
Já o segundo, o WIN, é um mini índice futuro do Ibovespa e é conhecido como WINFUT.
Ele funciona da mesma forma que o contrato padrão, porém varia no tamanho. O WIN é um mini contrato equivalente a 20% de um contrato futuro cheio. Ou seja, para este investimento, o valor do contrato é de R$ 0,20 por ponto do Ibovespa.
O lote mínimo de negociação deste mini investimento também é menor, sendo de apenas 1 contrato.
Tanto o IND quanto o WIN podem ser negociados entre 09h e 17h55. No dia do vencimento, a negociação do contrato encerra às 17h.
Além disso, os contratos vencem a cada dois meses, na quarta-feira mais próxima ao dia 15 dos meses pares.
Diferente das operações com ações –que são sempre negociadas pelo mesmo ticker–, os códigos dos contratos futuros têm prazo de validade.
Isso acontece pois os vencimentos alteram as siglas que são usadas para negociar os contratos. Os códigos são compostos por uma letra que indica o mês de vencimento, seguida do número do ano vigente.