O COE (Certificado de Operações Estruturadas) é um tipo de investimento que combina características de renda fixa e renda variável. Negociado na B3, ele oferece ao investidor uma maneira de diversificar sua carteira, expondo-se a diferentes ativos, índices ou mercados internacionais – com um risco calculado.

Os COEs são compostos por uma combinação de ativos de renda fixa, como títulos públicos, e ativos de renda variável, como ações ou índices de bolsas de valores internacionais.

Como funciona um COE?

Um COE combina diferentes ativos e estratégias de investimento para criar uma operação estruturada que oferece potencial de retorno atrelado ao desempenho de ativos subjacentes. Confira os principais componentes e funcionamento de um COE:

  1. Estruturação: é estruturado por uma instituição financeira que define uma estratégia de investimento baseada em ativos subjacentes, como índices de ações, commodities, taxas de câmbio ou outros instrumentos financeiros.
  2. Proteção de capital: muitos COEs oferecem proteção total ou parcial do capital investido, garantindo que o investidor não perca o valor principal aplicado, mesmo que os ativos subjacentes apresentem desempenho negativo. Isso é feito por meio da alocação de parte do capital em ativos de renda fixa seguros.
  3. Retorno: o retorno está atrelado ao desempenho dos ativos subjacentes. O investidor pode se beneficiar de ganhos proporcionais a esse desempenho, podendo alcançar rentabilidades acima da média de produtos tradicionais de renda fixa.
  4. Prazos e vencimento: possuem prazos de vencimento predefinidos, que podem variar de meses a anos. Ao final do prazo, o investidor recebe o capital investido, além dos ganhos acumulados, se houver.
  5. Diversificação: pode oferecer diversificação, já que o investidor tem exposição a diferentes ativos e mercados, reduzindo a volatilidade e o risco associado a um único investimento.

Quem emite um COE?

Os COEs são emitidos por bancos e corretoras de valores, que são responsáveis pela estruturação e distribuição desses produtos no mercado. A instituição financeira define a estratégia e os ativos subjacentes que compõem o COE, que pode ser personalizada para atender a diferentes perfis de investidores.

Após a emissão, os COEs são distribuídos aos investidores via corretoras e plataformas de investimento. É importante que os investidores entendam as características e os riscos desse tipo de ativo antes de investir.

Vale lembrar que os COEs são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil, garantindo que as instituições emissores sigam diretrizes claras para proteger os interesses dos investidores.

Quanto rende um COE?

O rendimento de um COE varia de acordo com a estratégia de investimento adotada e o desempenho dos ativos subjacentes. Mas alguns fatores influenciam a rentabilidade, como por exemplo:

  1. Desempenho dos ativos subjacentes: o retorno do COE está diretamente ligado ao desempenho dos ativos ou índices subjacentes. Se os ativos performarem bem, o investidor pode obter retornos significativos.
  2. Estrutura de proteção de capital: COEs com proteção total do capital geralmente oferecem retornos menores em comparação com aqueles que não têm essa proteção, pois parte do investimento é alocada em ativos seguros de renda fixa.
  3. Cenário econômico e taxa de juros: as condições econômicas e a taxa de juros podem afetar o desempenho dos ativos subjacentes, influenciando a rentabilidade do COE.
  4. Perfil de risco e volatilidade: a volatilidade do mercado pode impactar os rendimentos. COEs estruturados para capturar ganhos em mercados voláteis podem oferecer retornos mais elevados, mas também apresentam maior risco.
  5. Vantagens fiscais: diferentemente de alguns produtos de renda fixa, os COEs não são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), mas podem oferecer vantagens fiscais dependendo do tipo de rendimento e do prazo de investimento.

Em resumo, os COEs são alternativas de investimento que oferecem potencial de diversificação e retorno, combinando elementos de renda fixa e variável. No entanto, é importante compreender os riscos envolvidos e consultar profissionais financeiros para determinar se esse tipo de investimento se alinha aos seus objetivos e perfil de risco.

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