Brexit é o termo usado para descrever a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). A palavra é uma combinação de “Britain” e “exit”. O processo do Brexit começou formalmente após um referendo realizado em 23 de junho de 2016, no qual 51,9% dos eleitores britânicos votaram a favor de deixar a UE. 

A decisão marcou o início de um longo e complexo processo de negociação para definir os termos da saída, resultando no Acordo de Retirada, que entrou em vigor em 31 de janeiro de 2020. Com o Brexit, o Reino Unido deixou de ser membro do bloco econômico, encerrando uma associação de mais de 40 anos com a União Europeia.

Quais foram as principais causas do Brexit?

As causas do Brexit são variadas e refletem questões políticas, econômicas e sociais complexas. Entre as principais razões que levaram à decisão de sair da UE, destacam-se:

  1. Soberania nacional: muitos eleitores britânicos sentiram que o Reino Unido estava perdendo controle sobre suas leis e fronteiras devido às regulamentações e políticas impostas pela UE. O desejo de recuperar o controle sobre a legislação e a política de imigração foi um dos principais argumentos dos defensores do Brexit.
  2. Imigração: a livre circulação de pessoas dentro da UE permitia que cidadãos de outros países membros se estabelecessem e trabalhassem no Reino Unido. A preocupação com a imigração em massa, especialmente após a crise migratória europeia, alimentou o sentimento de que o Reino Unido deveria ter mais controle sobre suas fronteiras.
  3. Contribuições financeiras à UE: o Reino Unido era um dos maiores contribuintes líquidos para o orçamento da UE. Muitos defensores do Brexit argumentaram que esses recursos poderiam ser melhor utilizados se fossem investidos diretamente no Reino Unido, em vez de serem repassados ao bloco.
  4. Desconfiança em relação à integração europeia: houve um crescente ceticismo em relação à integração política e econômica da Europa. Muitos britânicos estavam preocupados com a perda de identidade e autonomia nacional dentro de uma União Europeia cada vez mais integrada.

Quais são as principais consequências do Brexit?

O Brexit trouxe uma série de consequências significativas para o Reino Unido, a União Europeia e o cenário global. Algumas das principais consequências incluem:

  1. Impacto econômico: a saída do Reino Unido da UE resultou em mudanças nas relações comerciais, com novos acordos sendo necessários para regular o comércio entre o Reino Unido e o bloco. As incertezas e mudanças nas regras comerciais afetaram negativamente setores como o automotivo, agrícola e financeiro.
  2. Alterações nos acordos comerciais: o Reino Unido deixou de fazer parte dos acordos comerciais da UE, o que obrigou o país a negociar novos tratados comerciais bilaterais. Isso resultou em mudanças nas tarifas, regulamentos e acesso ao mercado para várias indústrias.
  3. Mudanças na imigração: a livre circulação de pessoas entre o Reino Unido e a União Europeia foi interrompida, resultando em novas políticas de imigração. Isso afetou tanto trabalhadores da UE no Reino Unido quanto britânicos que viviam ou trabalhavam em outros países da UE.
  4. Impacto político e social: trouxe divisões políticas e sociais dentro do Reino Unido, com debates acalorados sobre a identidade nacional e o futuro do país fora da UE. Além disso, a questão da fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, que faz parte da UE, levantou preocupações sobre a paz e a estabilidade na região.
  5. Desvalorização da libra esterlina: após o referendo, a libra esterlina sofreu uma desvalorização significativa, impactando o poder de compra dos britânicos e aumentando os custos de importação.

O Brexit é um evento histórico com ramificações duradouras que continuam a moldar as relações políticas e econômicas tanto no Reino Unido quanto na Europa. As negociações e adaptações continuam, à medida que ambas as partes buscam mitigar os impactos e construir um novo relacionamento.

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