Previdência é um sistema que visa garantir a proteção financeira das pessoas na velhice, durante a aposentadoria, ou em situações de invalidez ou morte. No Brasil, a previdência é dividida em duas modalidades principais: a previdência social, administrada pelo INSS, e a previdência privada, que é facultativa e gerida por instituições financeiras ou seguradoras. 

A previdência social é obrigatória para trabalhadores formais e oferece benefícios como aposentadoria, pensão por morte e auxílio-doença. Já a previdência privada é uma alternativa ou complemento, permitindo que o indivíduo planeje sua aposentadoria de acordo com suas necessidades e objetivos financeiros.

A opção privada é regulamentada pela Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) e possibilita o acúmulo de recursos ao longo da vida como forma de garantir uma renda adicional na aposentadoria. A modalidade é dividida em dois tipos de planos: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Como funciona um plano de previdência?

Um plano de previdência privada funciona como um investimento de longo prazo, no qual o participante faz contribuições periódicas ou aportes únicos ao longo de sua vida ativa. Esses recursos são aplicados em fundos de investimento, que buscam rentabilizar o capital acumulado até o momento da aposentadoria. 

O valor acumulado ao longo dos anos será utilizado para complementar a renda na aposentadoria, podendo ser resgatado de forma integral ou em parcelas mensais.

Existem dois períodos em um plano de previdência: o período de acumulação e o período de benefício. 

  • Período de acumulação: o participante faz os aportes e o saldo cresce de acordo com a rentabilidade dos investimentos. 
  • Período de benefício: o participante começa a receber os valores acumulados, seja em forma de renda mensal vitalícia ou por um período determinado, dependendo do plano escolhido.

Um dos diferenciais dos planos de previdência é a flexibilidade na escolha dos fundos de investimento, que podem variar de acordo com o perfil do investidor (conservador, moderado ou arrojado). Além disso, a previdência privada oferece benefícios fiscais, dependendo do tipo de plano escolhido.

Tipos de Previdência Privada: PGBL e VGBL

A previdência privada no Brasil é dividida em dois tipos principais de planos: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Ambos têm características distintas e são indicados para diferentes perfis de investidores e situações tributárias.

PGBL

O PGBL é recomendado para pessoas que fazem a declaração completa do Imposto de Renda, pois permite deduzir as contribuições feitas ao plano até o limite de 12% da renda bruta anual. 

Esse benefício fiscal permite reduzir o valor do imposto a pagar no curto prazo, mas a tributação ocorre no momento do resgate ou recebimento dos benefícios, incidindo sobre o valor total acumulado (capital investido + rendimentos). Portanto, o PGBL é ideal para quem deseja obter uma vantagem fiscal no presente e possui uma renda elevada.

VGBL

O VGBL, por outro lado, é mais indicado para quem faz a declaração simplificada do IR ou para quem já atingiu o limite de dedução no PGBL. No VGBL, as contribuições não são dedutíveis, mas a tributação, no momento do resgate ou recebimento do benefício, ocorre apenas sobre os rendimentos (ganhos acumulados) e não sobre o valor total. 

Esse tipo de plano é mais flexível em termos tributários e é comumente utilizado como uma forma de acumulação de patrimônio.

Ambos os planos, PGBL e VGBL, podem ser usados em conjunto para maximizar os benefícios fiscais e a estratégia de acumulação de recursos para a aposentadoria. É importante que o investidor analise seu perfil financeiro e os objetivos de longo prazo para escolher o plano de previdência mais adequado às suas necessidades.

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