Taesa (TAEE11): Por que investidores não estão otimistas? Ação recua
As ações da Taesa (TAEE11) lideravam as quedas do Ibovespa (IBOV) no pregão desta segunda-feira (10). Por volta das 11h10, os papéis recuavam 3,42%, cotados a R$ 33,85, enquanto o principal índice de referência da B3 subia 0,83%, a 101.653 pontos.
Segundo o analista da Benndorf, Niels Tahara, a queda está associada ao estudo da companhia para captar no mercado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões em oferta de novas ações. A notícia foi divulgada pelo Brazil Journal, mas ainda não foi confirmada oficialmente pela Taesa.
Tahara explica que o desanimo do mercado com a eventual nova oferta surge pois a operação diluiria os atuais acionistas, caso os mesmos decidam não aderir.
A oferta tem como objetivo preparar a companhia para participar dos leilões de transmissão que serão realizados neste e no próximo ano, uma vez que ela já possui um balanço com alavancagem financeira considerável.
O analista pontua que, caso a companhia vier a ganhar esses leilões, a oferta se faria necessária para a equilibrar a estrutura de capital. “Nesse sentido, para que a oferta faça sentido, os novos projetos precisariam ter taxas de retorno atrativas”, diz.
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Vale a pena ter Taesa na carteira?
Na análise da Benndorf, a Taesa tem uma boa tese de investimentos, com sólido histórico de geração de caixa e proteção contra a inflação. Entretanto, ele diz que o papel está mais caro do que outras empresas do setor de transmissão.
No setor, o analista enxerga maior potencial de valorização em outras empresas, como a Alupar (ALUP11). “No momento, não vemos uma oportunidade de compra do ponto de vista fundamentalista”, reitera Tahara.