Taesa (TAEE11): Dividendos encolhem quase 40%; é hora de se preocupar? Veja o que fazer com ação
A Taesa (TAEE11) divulgou o seu balanço do terceiro trimestre e, junto com os números, mais uma rodada de dividendos, no valor de R$ 204 milhões. Com isso, fechou o período com pagamento de R$ 340 milhões, recuo de 33% ante o mesmo período do ano passado.
Nos nove primeiros meses no ano, a elétrica pagou R$ 800 milhões, queda de 38,8%. O tombo é motivo para o investidor se preocupar?
De acordo com analistas, não necessariamente. Para Ricardo Schweitzer, analista independente, a redução é reflexo do menor resultado regulatório, que veio em linha com o esperado.
“A Taesa deve continuar com bons dividendos, com yields superiores à média do mercado, ainda que marginalmente menores que os do passado recente”, discorre.
Luan Alves, analista-chefe da VG Research, explica que a queda dos dividendos não é um ponto de atenção para a tese, mas a empresa está mais alavancada. “Tem pouco espaço para novos projetos e elevação dos dividendos”, coloca.
A Genial também destaca a alavancagem da companhia. Os analistas Vitor Sousa e Israel Rodrigues lembram que a empresa é a mais alavancada dentre os pares (3,7x Dívida Líquida/Ebitda 12M), em um cenário de juros altos.
“Junto a isso, vemos a empresa com o menor prazo de concessão médio dentre as empresas do segmento, sem projetos novos no pipeline de investimentos para adicionar perspectivas de crescimento de receita”, explica.
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O que fazer com com a Taesa?
Na visão da Genial, apesar do novo anúncio de dividendos, no valor de R$0,59/unit, um dividend yield de 1,6%, pelas as estimativas, a empresa negocia a uma Taxa Interna de Retorno Implícita (TIR) de 7,7% em termos reais, contra 5,89% das NTN-Bs 2045.
“Aos atuais níveis de preço não vemos razões para uma recomendação mais agressiva ao papel, reiterando nossa recomendação de neutralidade”, discorre.
Já a XP também tem uma recomendação de neutralidade para o papel, uma vez que seus resultados operacionais vieram em linha com expectativas. “Não vemos nenhum gatilho para crescimento no curto prazo.”, completa.
Em levantamento do Money Times, realizado com 23 carteiras recomendadas, a empresa recebeu cinco indicações para o mês de novembro.