Comprar ou vender?

Taesa (TAEE11): Cara e sem perspectivas; é hora de vender?

10 maio 2023, 16:16 - atualizado em 10 maio 2023, 16:16
Taesa, ações, dividendos
Os analistas Vitor Sousa e Israel Rodrigues citam três pontos de atenção para a ação (Imagem: Pixabay)

A Taesa (TAEE11), que até pouco tempo atrás era é favorita no setor elétrico de muitos analistas, deixou de encher os olhos das corretoras e casas de análises. Em relatório, a Genial, por exemplo, é taxativa em dizer que se está pagando caro no papel sem justificativa.

Para a corretora, o lucro líquido de R$ 215 milhões, alta de 47% ante o mesmo período do ano passado, ficou dentro da expectativa, confirmando que a empresa possui qualidade operacional para entregar o que se espera em termos de geração de valor.

Porém, os analistas Vitor Sousa e Israel Rodrigues citam três pontos de atenção para a empresa:

  • O rumor que circulou dias atrás, apontando para uma possível capitalização da empresa que, na visão da Genial, seria negativo, uma vez que, visto os altos níveis de dividendos que a empresa pagou nos últimos anos, uma capitalização nesse momento passa a sensação de uma gestão não tão eficiente na alocação dos recursos da companhia, além de diluir a atual base de acionistas e dos custos da operação;
  • Para os analistas, a Taesa já se encontra precificada, negociando com um prêmio em relação a seus pares, sem fundamentos superiores ou maior capacidade de execução que justifique esse prêmio fora o pagamento de dividendos acima de seus concorrentes;
  • A empresa é a mais alavancada dentre os pares (3,9x Dívida Líquida/Ebitda), em um cenário de juros altos e com um leilão de transmissão à vista. Aliado a isso, 60% da receita da companhia está atrelada ao IGPM, que vem arrefecendo nos últimos meses.

“Pelas nossas estimativas, vemos a empresa negociando com uma taxa interna de retorno implícita de 8,5% em termos reais, contra 5,95% das NTN-Bs 2045, assim, aliado aos motivos listados acima, aos atuais níveis de preço não vemos razões para uma recomendação mais agressiva ao papel, reiterando nossa recomendação de neutralidade”, destacam.