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TAEE11, ALUP11 e TRPL4: Elétricas devem ser mais generosas com dividendos, diz Genial

20 fev 2023, 12:23 - atualizado em 20 fev 2023, 12:23
Indiana Sterlite
Elétricas devem pagar mais dividendos daqui para frente, passada a fase mais aguda de investimentos (Imagem: Pixabay/analogicus)

Empresas de transmissão de energia devem se mostrar mais generosas ao distribuir dividendos daqui para frente, afirma a Genial Investimentos. Isso porque a fase mais aguda do ciclo de investimentos passou. Dessa forma, as companhias do setor entram em 2023 com um fluxo de caixa menos comprometido, avalia.

A Genial atualizou as estimativas do setor elétrico, reiterando a preferência pelo segmento de transmissão em relação a geradoras e distribuidoras.

A corretora avalia que preços de energia em patamares baixos por conta do cenário fraco de crescimento econômico e a abundância de chuvas devem pressionar as empresas de geração, enquanto as distribuidoras são prejudicadas pelo ambiente de menor consumo.

No caso do segmento de transmissão, explica, as companhias se sobressaem como ativos mais defensivos, já que são pautadas em uma receita fixa, pré-estabelecida no ato do leilão de transmissão, ajustado pelo IPCA e com uma duração de 30 anos. Portanto, as transmissoras não dependem do volume ou da oscilação dos preços no serviço ou produto.

“Tal característica é importante tendo em vista as demais alternativas no setor de energia elétrica”, comentam os analistas Vitor Sousa e Israel Rodrigues, em relatório atualizado na última quinta-feira (16). “A fraca demanda e reservatórios cheios devem deixar os preços da energia em níveis baixos em termos históricos.”

Além dos dividendos

Além de um pagamento maior de dividendos esperado para as empresas, a Genial destaca que o cenário de menor competição nos leilões abre uma janela de oportunidade no setor.

Desde 2016, as companhias participaram de forma muito ativa nos leilões para adquirir novos projetos, causando um aumento na competição. Porém, o movimento recente que se tem observado é de participação com lances por projetos pontuais, destaca a corretora.

“Os deságios ficaram na casa dos 38% versus deságios de 40-60% nos últimos cinco anos”, afirmam Sousa e Rodrigues. A tendência, caso se confirme, é interpretada como positiva pelos analistas, pois as empresas podem começar a adquirir projetos em condições mais atraentes.

O que vale comprar?

No relatório de atualização do setor, a Genial elevou Transmissão Paulista (TRPL4) para “comprar”, com preço-alvo de R$ 28.

A recomendação para Alupar (ALUP11) ficou inalterada em “comprar”. O preço-alvo estipulado pela casa é de R$ 34.

A Taesa (TAEE11) recebeu classificação de “manter”, apesar de ainda ser uma das empresas mais generosas quando o assunto é remunerar os acionistas (pelos preços atuais, a Genial acredita que a companhia seguirá com um rendimento acima dos 9% nos próximos anos).

Os pontos de atenção levantados pela Genial consideram:

  • o prazo mais curto de concessão em relação aos pares (empresa começa a perder receita “de maneira significativa” a partir de 2030);
  • a dívida razoavelmente elevada de R$ 8,9 bilhões em meio a um cenário de juros elevados; e
  • a participação em novos leilões em condições pouco atrativas, podendo afetar a lucratividade e os retornos ao longo do tempo.

A Genial tem preço-alvo de R$ 35 para a ação da Taesa, o que implica um potencial de queda de 2,56% sobre o preço atual.

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