SVB: Hashdex anuncia que ETFs estão fora de risco
A Hashdex, gestora de ETFs de criptomoedas, se pronunciou sobre seus fundos de índices negociados em bolsa após a quebra do Silicon Valley Bank (SVB). O banco foi fechado na sexta-feira (10) pelo Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia.
No domingo (12), o Federal Reserve anunciou a criação de um fundo de resgate, e garantiu que nenhum depositário iria ter acesso aos seus fundos negado.
Bruno Passos, diretor de operações da Hashdex, comentou com exclusividade ao Crypto Times que seus ETFs de criptoativos estão seguros e que não possuía nenhuma exposição ao banco.
No que diz respeito ao Signature Bank e ao Silvergate, Passos comenta que a empresa já foi cliente, mas cortou relações no momento em que ficou desconfortável com os “burburinhos” do mercado.
Tanto o Signature quanto o Silvergate eram muito utilizados para pagamentos “off-ramp”, ou seja, pagar os clientes de institucionais no processo da conversão de criptoativos para dólar ou real.
“Nunca tivemos relação com Silicon Valley Bank. Com Signature e Silvergate, já tivemos no passado, mas, quando começaram todos esses problemas com os bancos, o nosso time cortou relações. Então sim, a Silvergate e Signature, já tivemos exposição no passado, mas, no momento da crise, nossa área de compliance e risco tirou nossa exposição”, diz.
- Entre para o Telegram do Crypto Times!
Acesse as notícias do mundo cripto em tempo real. Clique aqui e faça parte!
Liquidez de cripto não depende de SVB, Signature ou Silverbank
Passos explica que a Hashdex opera com, no mínimo, duas contrapartes e atualmente possui relações com outra instituição nos Estados Unidos.
“Ainda buscamos uma outra contraparte para continuar fazendo nossas operações e garantindo a liquidez dos nossos ETFs”, diz.
O diretor de operações comenta que, pelo fato de a Hashdex trabalhar com ETFs de cripto, a exposição em dólar é “marginal”.
“Basicamente, utilizamos essas contas [em bancos] para receber aporte e pagar resgate. É um canal onde flui o dinheiro do exterior pro Brasil e vice-versa”, diz.
Ele também aponta que a Hashdex possui outras opções no mundo para resolver a situação.
Passos afirma que a empresa realiza testes de estresse regularmente para simular um cenário onde existe uma corrida de saques, e comenta que a liquidez dos ETFs está muito mais ligada a criptomoedas.
“Para sair de cripto e vir para o mundo financeiro tradicional, basta ter um canal. Esse canal não é exclusividade dos Estados Unidos. Existem diversos outros para liquidar cripto e trazer de volta para o dólar ou real”, diz.