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SVB: Como o banco pode afetar as criptomoedas? Entenda a relação

10 mar 2023, 19:17 - atualizado em 10 mar 2023, 19:17
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Além do mercado de criptomoedas ser utilizado como liquidez em momentos que faltam, empresas criptos podem sofrer diretamente com o fato (Imagem: Pexels/Alesia Kozik)

O mercado de criptomoedas está recuando mais de US$ 40 bilhões em capitalização. Entre outros fatores, o SVB grande parcela de culpa. O banco pode afetar o mercado de private equity e venture capital nos Estados Unidos, onde é o berçário de diversas empresas cripto.

Além disso, fatores como liquidez e custódia de stablecoins — moedas lastreadas ao dólar — deixam o investidor de criptomoedas receoso.

O Silicon Valley Bank (SVB Financial Group) em Santa Clara, Califórnia, foi fechado hoje pelo Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia. O órgão regulador recorreu ao Fundo Garantidor de Crédito dos Estados Unidos, a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) para dar seguimento ao processo.

O que SVB tem a ver com o mercado de criptomoedas?

O mercado de criptomoedas tem uma relação grande com o mercado de tecnologia. Nesses momentos, ele é utilizado para dar liquidez ao sistema. Mas, além disso, empresas criptos podem sofrer diretamente com o fato.

O motivo é que grande parte das startups captavam recursos por meio do banco. Agora, sem capital, pode ser que muitas startups voltadas ao mercado de criptomoedas não sobrevivam.

Mesmo garantido pelo FIDC, o dinheiro pode demorar a chegar nas mãos dos fundadores, e isso representa um problema para empresas que estão em fase de “queimar caixa”, ou seja, gastam mais do que recebem ainda.

Além disso, existem as empresas de criptomoedas que eram clientes do banco. Mesmo que não sejam tantos como era o caso de Silvergate.

De acordo com a pesquisa da CoinDesk, o Blockchain Capital, Castle Island Ventures, Dragonfly e Pantera Capital tinham relações com o banco.

USDC Coin gera incerteza no mercado

Nas últimas 24 horas, mais de US$ 902 milhões de USDC Coin foram retirados de corretoras criptos em meio a SVB e o desligamentos de Silvergate, conforme noticiou o CoinDesk.

Além do medo das próprias corretoras, está o receio na stablecoin. A Circle, emissora da USDC, possuía suas reservas nos dois bancos que quebraram nesta semana. As reservas da Circle são aquilo que lastream as stablecoins emitidas, e pareadas ao dólar 1:1.

No caso do Silvergate, a empresa comentou que tinha pouca exposição, e já cortou laços. No que tange à SVB, o valor ainda é indeterminado.

A lista completa de bancos que detinham dinheiro para o USDC da Circle são Bank of New York Mellon, Citizens Trust Bank, Customers Bank, New York Community Bank (uma divisão do Flagstar Bank, NA), Signature Bank, Silicon Valley Bank e Silvergate Bank. A Circle também mantém parte das reservas do USDC em um fundo Blackrock dedicado a isso.

A stablecoin é a segunda maior stablecoin com capitalização de mercado de US$ 43 bilhões.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
leonardo.cavalcanti@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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