Suzano: você ainda pode confiar em alta de 60% das ações, diz Credit Suisse
Em meio à ansiedade dos investidores com a montanha-russa em que a Bolsa se transformou, a Suzano (SUZB3) ainda é um papel bastante promissor, na avaliação do Credit Suisse.
Após uma teleconferência com o diretor financeiro da companhia, Marcelo Bacci, o banco reafirmou o preço-alvo de R$ 60 para as ações, o que significa uma alta potencial de 62% sobre a cotação de fechamento de ontem (1).
A recomendação também permanece em outperform (desempenho esperado acima da média do mercado). O motivo é a perspectiva positiva da Suzano no longo prazo.
“Embora acreditemos que o curto prazo ainda é desafiador para a celulose, vemos uma recuperação concreta a partir do quarto trimestre”, dizem Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, que assinam o relatório obtido pelo Money Times.
Preços
A recuperação seria estimulada também pela sazonalidade, já que os mercados devem repor seus estoques no início de 2021. O aumento de preços, no curto prazo, não ajudará muito.
Segundo o executivo da Suzano, embora a empresa tenha aumentado o preço da celulose na Ásia, em abril, a tendência de alta se deteriorou e reajustes na Europa e nos EUA estão mais difíceis de serem implementados.
O Credit Suisse observa ainda que a política de hedge da companhia não contribuirá para os resultados neste ano, apesar do dólar caro. O banco espera que, em 2021, as estratégias de proteção beneficiem mais a Suzano.
Os analistas acrescentam que, se no ano que vem, a cotação da celulose subir para uma média de US$ 500 por tonelada (ante os atuais US$ 460), e o câmbio médio ficar em R$ 5,35 por dólar, a Suzano seria negociada por 7 vezes VE/ebitda de 2021 (valor da empresa sobre ebitda), e geraria um retorno de 10% do fluxo de caixa livre.