Suzano vai captar até US$ 2 bilhões no exterior e recomprar até US$ 1,9 bilhão em dívidas
O conselho de administração da Suzano (SUZB3) autorizou a captação de até US$ 2 bilhões no exterior, por meio da emissão de títulos privados de dívida, os conhecidos notes. A operação será conduzida pela Suzano Austria GmbH, subsidiária da fabricante de papel e celulose.
A Suzano também fornecerá as garantias para a emissão dos papéis. Há, basicamente, três caminhos para a empresa captar os recursos: emitir uma nova série de notes; reabrir a emissão dos Notes 2030; reabrir a emissão dos Notes 2047.
Segundo a ata da reunião do conselho de administração, arquivada nesta quarta-feira (02) na CVM, a companhia foi autorizada a escolher uma única opção, ou recorrer a duas ou mais, para levantar os recursos.
A Suzano também recebeu luz verde para recomprar até US$ 1,9 bilhão em dívidas representadas por três emissões de senior notes: a que vence em 2026 (até US$ 700 milhões); a que vence em 2024 (até US$ 600 milhões); e a que vence em 2025 (até US$ 600 milhões).
Prejuízo bilionário
No segundo trimestre, a Suzano registrou um prejuízo líquido de R$ 2 bilhões. De acordo com a empresa, o desempenho é explicado pelo resultado financeiro líquido, negativo em R$ 5,6 bilhões por conta da variação cambial sobre a dívida.
A receita líquida, por outro lado, teve um avanço anual de 20%, para R$ 8 bilhões. O segmento de celulose aumentou 28%, apoiado pela valorização do dólar e pelo crescimento de 25% do volume vendido. A receita de papel, que foi pressionada pela sazonalidade ruim, totalizou R$ 1 bilhão.
Veja a ata da reunião do conselho de administração da Suzano.