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Suzano vai acelerar plano de desalavancagem com venda de terras e florestas para Bracell, destaca BTG

23 nov 2020, 12:19 - atualizado em 23 nov 2020, 12:19
Fábrica de papel e celulose da Suzano
Na avaliação do BTG Pactual, as ações da Suzano estão mal precificadas (Imagem: Facebook/Suzano)

A venda de ativos florestais localizados em São Paulo para a Bracell Celulose deve acelerar o plano de desalavancagem da Suzano (SUZB3), disse o BTG Pactual (BPAC11).

A Suzano vendeu terras, florestas e madeira à fabricante de celulose por R$ 1 bilhão. A transação envolve 21.066 hectares na região central do estado paulista, sendo que parte será vendida e o restante da operação se dará por contratos de arrendamento da Suzano.

O acordo inclui florestas já estabelecidas e em crescimento na região. A Bracell também se comprometeu em adquirir madeira adicional.

Os analistas do BTG avaliaram a transação como positiva, um movimento certo realizado pela equipe de administração da Suzano.

“Após a aquisição da Fibria, esses ativos florestais deixaram de ser essenciais para a companhia e se tornaram parte do programa de venda de ativos “noncore” anunciado pela Suzano em 2019 (que agora está completo)”, destacaram Leonardo Correa e Caio Greiner, que assinam o relatório divulgado ontem.

O banco reforçou a recomendação de compra para a ação, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 59. Na avaliação do BTG, o papel está mal precificado.

“Os investidores estão descontando mal os benefícios do acordo da Fibria”, afirmaram Correa e Greiner.

Mesmo com a alavancagem ainda pressionada, o BTG considera a situação administrável e vê a ação desempenhando bem sob o cenário favorável dos preços das commodities.