Suzano perde R$ 9 bilhões com derivativos e prejuízo cresce 991,8%
A Suzano (SUZB3) encerrou o primeiro trimestre de 2020 com prejuízo de R$ 13,4 bilhões, de acordo com o resultado financeiro divulgado ao mercado. O valor representa um salto de 991,8% em relação a R$ 1,2 bilhão negativo.
Os números foram, em grande parte, afetados pela linha financeira. A variação cambial e monetária sozinha impactou negativamente em R$ 12,4 bilhões em função da alta de 29% do dólar em comparação com o real sobre a parcela da dívida em moeda estrangeira (76% da dívida total).
Além disso, a Suzano perdeu R$ 9,059 bilhões em operações com derivativos. “A marcação a mercado dos instrumentos financeiros derivativos em 31 de março de 2020 foi negativa em R$ 10,7 bilhões, contra o valor de R$ 1,8 bilhão no final do ano passado”, informou a empresa.
A receita líquida da companhia cresceu 22% e totalizou R$ 6,9 bilhões nos três primeiro meses do ano ante os R$ 5,6 milhões do ano anterior.
O Ebitda ajustado, valor de geração de caixa da empresa, cresceu 10% com R$ 3 bilhões. A margem Ebitda ajustada foi de 43%, queda de cinco pontos percentuais.
As vendas de celulose totalizaram 2.856 mil toneladas, representando um aumento de 65% em comparação com o mesmo período de 2019.
Já as vendas de papel tiveram queda de 2% com o total de 268 mil toneladas.
Nesta quinta-feira, as ações da empresa caíram 6% com R$ 47,54.
Confira o resultado completo: