Suzano (SUZB3) vê mercado de celulose com oferta restrita e cenário favorável para preços
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A Suzano (SUZB3) vê um cenário positivo para a empresa no curto prazo diante de uma combinação de fatores, entre eles estoques reduzidos na cadeia global, problemas em um grande fabricante chinês e um ambiente cambial favorável que ajuda no processo de desalavancagem da companhia.
A empresa, que na noite de quarta-feira divulgou salto de 44% no resultado operacional do quarto trimestre medido pelo Ebitda, citou que problemas de queda de produção da Chenming, uma das maiores fabricantes de papel da China, têm criado demanda adicional por celulose na região.
“Os portos na China estão com nível de estoque baixo…Além disso, cada cliente está tentando aumentar a produção o mais rápido possível para ocupar o mercado da Chenming”, disse o vice-presidente de celulose da Suzano, Leonardo Grimaldi, em conferência com analistas nesta quinta-feira.
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“É um cenário apertado de oferta (de celulose) no curto prazo e é positivo para nós”, acrescentou o executivo, afirmando que cada mês de parada de produção da Chenming cria uma demanda adicional de 200 mil toneladas de celulose na região.
A Chenming, que enfrenta uma crise financeira, suspendeu em novembro cerca de 72% de sua capacidade de produção para reduzir prejuízo. Desde então, a companhia tem anunciado algumas retomadas de capacidade.
Na avaliação de Grimaldi, a situação de demanda adicional criada pelos problemas da Chenming é “temporária”. Segundo o executivo, o mercado no país está “buscando uma solução” rápida para a companhia.
Presente na conferência, o presidente-executivo da Suzano, Beto Abreu, afirmou que a companhia está “vendo momento favorável para preços” de celulose.
A Suzano implementou totalmente aumentos de preços de celulose em janeiro anunciados em dezembro e está aplicando novos reajustes em fevereiro divulgados no mês passado.
Na bolsa paulista, as ações da companhia subiam cerca de 1%.