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Suzano (SUZB3): Resultados vieram acima das expectativas, segundo BTG e Genial; veja o que fazer com as ações

13 fev 2025, 11:36 - atualizado em 13 fev 2025, 11:36
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A Suzano divulgou seus resultados e analistas do BTG e da Genial comentaram o desempenho da empresa de celulose, focando no futuro das ações. (Imagem: YouTube/Suzano)

A Suzano (SUZB3) divulgou seus resultados operacionais no quarto trimestre de 2024 (4T24) e os números vieram acima das expectativas do mercado. De acordo com o BTG Pactual, apesar dos desafios causados pelo baixo preço da celulose, os fundamentos da empresa permanecem sólidos.

Os analistas afirmam que a nova fábrica no Cerrado já impacta o fluxo operacional e a geração de caixa. O BTG recomenda a compra e considera as ações subvalorizadas, portanto, define preço-alvo de R$ 81, que representa um potencial de valorização de 39% em relação ao fechamento de ontem. Nesta quinta-feira (13), as ações abriram em alta de 1%.



A nova operação em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, anteriormente chamada de Projeto Cerrado, impulsionou o crescimento dos volumes de exportação, além de impactar em uma redução de custos. A expectativa é de que a empresa acelere a desalavancagem nos próximos meses. 

As vendas de celulose cresceram 10,7% em comparação com o trimestre anterior (t/t) e 18% em relação ao mesmo período do ano anterior (a/a). Já o papel teve alta de 11% (a/a) e 4,9% (t/t) nas vendas. A receita líquida cresceu 36,7%, totalizando R$ 14 bilhões.

“Embora a perspectiva de curto prazo para os preços da celulose continue desafiadora, os preços parecem ter atingido o pior momento do ciclo, com dois aumentos de preços já bem encaminhados”, diz o BTG, defendendo a tese de que a empresa é uma grande geradora de caixa.

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Genial Investimentos mais cautelosa com Suzano (SUZB3)

A Genial Investimentos também avaliou os resultados da Suzano, que foram considerados positivos do ponto de vista operacional, mas os custos elevados preocupam. A corretora esperava maior ganho de eficiência com a planta no Cerrado, mas os altos custos foram compensados pelo aumento expressivo de volume.

Vale ressaltar que apesar de um Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 6,5 bilhões, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 6,7 bilhões, decorrente do impacto negativo da valorização cambial sobre a dívida e operações com derivativos.

O Ebitda reportado ficou 0,6% abaixo do terceiro trimestre de 2024, mas teve uma alta anual de 43,9%. No segmento de celulose, maior beneficiado pela nova planta, o Ebitda cresceu 52,5% (a/a).

Apesar de maior cautela, a Genial destaca que uma possível elevação do dólar pode voltar a impulsionar os resultados da companhia, além de afirmar que os ganhos de eficiência do Cerrado ainda não estão precificados nas ações.

A corretora reforça a recomendação de compra dos papéis, com preço alvo de R$ 72, que indica um potencial de alta de 24,2% em relação ao fechamento do mercado nesta quarta-feira (12).

gustavo.silva@moneytimes.com.br