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Suzano (SUZB3): Por que o BB Investimentos não recomenda mais compra da ação, apesar de resultados ‘robustos’?

01 mar 2023, 15:00 - atualizado em 01 mar 2023, 15:03
Suzano SUZB3
Valorização da taxa de câmbio no fechamento do quarto trimestre e o resultado de operações com derivativos contribuíram positivamente para o resultado financeiro.  (Imagem: Reprodução/Suzano)

O BB Investimentos reduziu o preço-alvo para as ações da Suzano (SUZB3), de R$ 69 para R$ 62, e alterou a recomendação para os papéis da companhia, de “compra” para “neutra”

A nova projeção é divulgada depois de a companhia apresentar o balanço do quarto trimestre, com lucro de R$ 7,4 bilhões. Por volta das 14h30 desta quarta-feira (1º), os papéis da Suzano caíam 3,62%, a R$ 46,01. 

Para a analista Mary Silva, do BB Investimentos, as ações da companhia continuarão com elevada volatilidade no curto prazo, acompanhando a variação cambial e as incertezas com relação à demanda de celulose nas principais regiões consumidoras.

Ela cita a expectativa de um ritmo mais lento da atividade econômica e a entrada de novas capacidades de celulose, que, na sua avaliação, deverão contribuir para um maior equilíbrio da relação entre oferta e demanda global, impactando os preços da commodity.

Para a analista, os resultados operacionais dos próximos trimestres deverão se manter “satisfatórios” – embora aquém do nível recorde apresentado ao longo de 2022. Mary considera que a Suzano tem vantagens competitivas, “como sua posição de liderança e protagonismo no setor, a elevada competitividade de custos e avanço na cadeia de valor”.

Suzano teve resultados ‘robustos’

A analista do BB Investimentos destacou que a Suzano reportou números robustos e acima das estimativas no 4T22, tanto operacionais como financeiros.

A empresa foi beneficiada pelo cenário ainda favorável para celulose no período e da resiliência do segmento de papel, apesar dos primeiros sinais de arrefecimento nos preços após forte escalada observada ao longo do ano passado, lembra.

A Suzano entregou um Ebitda ajustado de R$ 8,2 bilhões e margem de 57% (apenas 5% e 3,7 p.p. abaixo dos valores recordes do 3T22, respectivamente), como resultado da manutenção dos volumes de venda e dos custos mais estáveis, embora estes tenham permanecido elevados.

A valorização da taxa de câmbio no fechamento do quarto trimestre e o resultado de operações com derivativos contribuíram positivamente para o resultado financeiro, destacou a analista.

O lucro líquido da companhia chegou, assim, a R$ 7,4 bilhões (ante R$ 2,3 bilhões no 4T21) – o segundo melhor resultado trimestral já registrado pela companhia.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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